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E agora, seu Haddad?


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Nada como uma boa conversa para colocar as coisas nos seus devidos lugares. E foi exatamente isso o que aconteceu no encontre entre os presidentes Lula, do Brasil, e Xi Jinping, da China. Antes do encontro de Lula com o seu companheiro chinês, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já tinha alardeado pelos quatro cantos a taxação de produtos chineses. Agora, porém, precisou engolir sua empáfia, e voltar atrás, para dizer que o Brasil desistiu de taxar as bugigangas que vêm das bandas do continente asiático. Isso significa que os produtos chineses vão continuar entrando no país como era antes, praticando uma concorrência desleal com a indústria nacional, assoberbada com um sem-número de impostos, taxas e contribuições. 

Como diz o dito popular, manda quem pode, obedece quem tem juízo. Afinal, o Brasil não é os Estados Unidos para peitar a China. Melhor perder alguns centavos de reais do que contrariar seu principal parceiro comercial. Só em 2022, a China comprou quase sessenta bilhões de dólares do Brasil. Entre os produtos mais exportados destacam-se a soja, o minério de ferro e a carne bovina. Então, para que comprar briga com os nossos irmãos chineses, certo? Reconheçamos, pois, nossa insignificância. E ponto final. 

E agora, seu Haddad? Isso porque a sociedade tem urticária só de ouvir falar em aumento de imposto. Em recente entrevista a um canal de televisão, o presidente da Câmara dos Deputado, Fernando Lira, disse que não há clima no Congresso para se falar em aumento de carga tributária. A maioria dos congressistas estaria fugindo do assunto com o diabo da cruz. Durante uma reunião ministerial, Lula disse que “o governo não pode ficar chorando o dinheiro que falta. Temos que utilizar bem o que temos”. Resta saber se o que o governo tem é suficiente para colocar em prática as promessas de campanha (e não foram poucas) feitas pelo então candidato Lula. 

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