Sábado, 8 de junho de 2024 - 08h15
O governo brasileiro
está importando arroz por causa da quebra de safra no Rio Grande do Sul. O que
impressiona é que o governo quer fornecer o arroz tabelado e abaixo do preço de
mercado.
De certa
forma, essa intervenção no mercado vai representar um desestímulo à plantação
de arroz no Brasil, porque os agricultores terão prejuízos. Ao fazer esse
tabelamento, que desestimula o plantio, possivelmente ficaremos dependentes da
importação de arroz, quando somos autossuficientes e exportadores. Isso
representa uma intervenção semelhante àquela que vimos Nicolás Maduro fazer na
Venezuela, quando resolveu vender a gasolina tão barata e muito abaixo do preço
de mercado. Apesar de o país ter a maior reserva de petróleo do mundo, a
medida desestruturou toda a indústria petrolífera do paí s.
Sempre que
se intervém no mercado, desestimula-se a produção. Intervenções geram a
sensação de que os preços se tornam estáveis, mas há naturalmente desemprego
decorrente daqueles que não continuarão a trabalhar no ramo onde ocorreu,
destacadamente no caso do controle de preços.
Os
congelamentos de preços no Brasil (planos Cruzado, Bresser e Collor) sempre
foram um fracasso. Mesmo na Argentina houve congelamento de preços (Plano
Primavera). Todos fracassaram. Aliás, há 4 mil anos o congelamento de preços
fracassa, pois está no Código de Hamurabi, o primeiro registro de congelamento
na história, que não deu certo. Tivemos, ainda, em 300 d.C. um congelamento
praticado por Diocleciano em Roma, que também fracassou.
Congelar
o preço, desestimulando a produção nacional e tendo que se comprar,
eventualmente, mais caro para se vender mais barato, é intervenção no mercado
que nunca deu certo.
Além
disso, no caso brasileiro, está se importando uma fantástica quantidade, com
queima de divisas, quando asseguram muitos especialistas do setor que a
produção nacional ainda pode garantir o consumo interno.
Isso
preocupa os produtores brasileiros, pois se eles deixarem de produzir, em vez
de termos o arroz como gerador de divisas, o teremos como um consumidor de
divisas.
A melhor
forma de baixar preços é produzir e produzir muito, de tal forma que a
quantidade permita a redução de preço. Se adotarmos no Brasil a
"Arrozbrás", intervenção típica de regimes esquerdistas e que nunca
deu certo, corremos o risco de ver mais um fracasso da nossa economia.
Precisamos
que todos aqueles que conhecem o assunto pressionem o Congresso Nacional para
que tenhamos liberdade no setor, até porque o artigo 174 da Constituição
Federal declara que o planejamento econômico é indicativo para o setor privado,
mas não pode ser obrigatório.
No
momento, entretanto, em que se congela o preço do arroz, se torna obrigatório.
Aqueles que não praticarem o mesmo preço não poderão vender sua mercadoria, e
se esses preços tabelados não compensarem, desestimular-se-á a continuidade da
produção de arroz no Brasil.
O consórcio ECO PVH, formado pelas empresas SUMA Brasil e Ecofort, está prestes a ser oficializado como o novo responsável pela gestão emergencial d
Fala machista do presidente ignora qualidades da senhora Gleisi Hoffmann
Uma coisa se não pode negar: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um otimista inveterado. E isso fica cada vez mais evidente à medida que se dis
Estrada da Penal – o retrato do descaso oficial
A RO – 005, conhecida como Estrada da Penal, é a única via terrestre que dá acesso a milhares de moradores do baixo Madeira, como Vila Calderita, Sã
Do outro lado do poder: Lula sempre defendeu a Anistia
O ano era 1979. Tinha acabado de chegar de Belém do Pará, onde fui estudar e tive os meus primeiros contatos com a imprensa na Revista Observador Am