Domingo, 10 de setembro de 2006 - 15h52
O eleitor é uma vítima de memória curta ou um cúmplice cínico? As pesquisas de opinião comprovam que a maioria da população brasileira não consegue se lembrar em quem votou para os cargos legislativos nas últimas eleições. Mas, por outro lado, só uma minoria não critica os eleitos. O adjetivo "ladrão", no Brasil, já está quase sendo considerado um sinônimo da palavra "político". O eleitor brasileiro é pouco cuidadoso na hora de votar. Vota, não lembra em quem votou e depois critica dizendo que os eleitos são todos ladrões.
Pois bem, não vou aqui defender nem atacar quem foi eleito pelo voto soberano da população brasileira. Quem sou eu? Mas acho que vale a pena alertar à Vossa Majestade, o eleitor, que somos nós mesmos que "nomeamos" os políticos para governar em nosso nome. Não são eles os nossos patrões, nós é que os empregamos, promovemos ou demitimos sem justa causa.
Já passou da hora da população analisar melhor em quem votar, não esquecer a quem deu emprego e assumir a responsabilidade de vigiar, acompanhar e fiscalizar seu servidor ou "ladrão" a quem nomeou para ser seu representante.
Depois, não vale dizer que não se lembra em quem votou e fazer papel de vítima. Afinal, quem coloca raposa para tomar conta de galinheiro, não pode reclamar que ficou sem frango para o almoço. Ou a população pára de empregar, dar imunidade parlamentar, salário vultuoso, mordomias etc. para quem deveria estar atrás das grades ou assume de vez a sua condição de cúmplice e co-autor da roubalheira.
A população é livre para votar e o voto é secreto. Mas, ao depositar seu voto, a população se torna cúmplice do eleito e fica até ridículo dizer que não se lembra do nome da raposa para a qual deu a chave do galinheiro. Eleitor, você é o juiz e o patrão de quem receberá seu voto nas próximas eleições, não uma vítima indefesa de ladrões vindos de outro planeta.
Vale lembrar também, que os vigaristas não são poucos. Lobos em pele de cordeiro existem e muitas vezes conseguem enganar a muitos por muito tempo.
"Para que o mal prolifere basta que os bons não façam nada". Não vá se esquecer: as raposas apostam na sua falta de memória e os lobos vão tentar se passar por cordeiros.
Vitor Ribeiro é jornalista e editor executivo do "O Jornalista".
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