Quinta-feira, 17 de dezembro de 2020 - 18h23
57 mil toneladas de CO2 ao ano deixam de poluir o ar de Rondônia. Esse é
o resultado esperado pela Energisa com a desativação de mais duas usinas
térmicas a óleo diesel, em São Francisco e Costa Marques, esta última ocorrida
nesta quinta-feira (17). As duas se somam as UTEs de Alvorada do Oeste,
desativada em abril, e do distrito de Triunfo, que teve a operação encerrada no
fim de 2018, quando a empresa assumiu a concessão. O coordenador de Meio
Ambiente da concessionária, Luzay Lopo, explica que as usinas térmicas utilizam
óleo diesel para gerar eletricidade. Com a queima do combustível são emitidos
gases tóxicos que contribuem para o efeito estufa. “Desde que a Energisa chegou
em Rondônia temos avançado para uma matriz energética mais limpa, oriunda de fontes
renováveis com o de hidrelétricas”, declarou.
As quatros usinas térmicas juntas queimavam mais de 21 milhões de litros
de óleo diesel anualmente. Além da emissão de gases para atmosfera, a
utilização de combustível fóssil gera risco de acidentes durante o transporte e
armazenagem que é feita em tanques. “Após a desativação, o Produtor
Independente de Energia realiza a limpeza e descontaminação de terrenos
seguindo os protocolos. Temos um plano de gestão ambiental que abarca todas as
etapas da operação, inclusive a conclusão”, explica o coordenador da Energisa,
lembrando que as novas subestações já foram planejadas com todas as medidas de
segurança.
O diretor técnico da Energisa, Fabrício Sampaio, explica que o plano de
investimentos do Grupo Energisa no estado de Rondônia está alinhado às
diretrizes da Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa da Nações Unidas (ONU),
para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania. “O desligamento das
térmicas é uma consequência natural, já que a integração com o Sistema
Interligado Nacional (SIN) é essencial para atingir esse objetivo e a matriz
energética brasileira prioriza as fontes de energia renováveis”, afirmou
Sampaio.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, atualmente 83% da
energia elétrica do país é gerada por fontes renováveis (hidráulica, solar e
eólica), e 17 % fontes não renováveis (fóssil e nuclear) A geração térmica pode
ser de várias fontes, como óleo diesel, gás, nuclear, e tem um papel na matriz
energética fundamental, para dar equilíbrio. “Mas nunca será a fonte
prioritária nem a única. É importante haver várias fontes para garantir a
segurança energética, mas o aspecto ambiental e os custos são fatores
importantes na escolha das soluções”, explica o diretor.
Até o final de 2022, cerca de 200 mil toneladas de CO2 ao ano deixarão
de ser lançadas na atmosfera com a desativação de 16 térmicas a diesel, após a
construção de novos empreendimentos pela Energisa no estado.
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