Segunda-feira, 9 de outubro de 2023 - 14h40
A Usina
Hidrelétrica Jirau, quarta maior geradora de energia elétrica do Brasil,
recebeu o mais alto nível de certificação de acordo com a Norma de
Sustentabilidade Hidroelétrica do mundo, concedido pelo Conselho de
Sustentabilidade Hidroelétrica. Jirau é a primeira hidrelétrica do Brasil a
receber esta certificação criada em 2021, após rigorosa avaliação independente
conduzida por uma equipe de avaliadores credenciados que estiveram na usina.
Jirau é a segunda hidrelétrica no mundo a ser reconhecida com este grau de
certificação.
“Estamos
muito felizes e honrados por termos alcançado essa certificação inédita no
Brasil. Nós nos empenhamos desde o início do projeto em sermos sustentáveis e
superação é a palavra que resume a memória que tenho da época da construção.
Este ano, comemoramos 10 anos de operação e esse prêmio chega como um
importante reconhecimento a todo nosso trabalho”, destaca Maurício Bähr, CEO da
ENGIE Brasil e Presidente do Conselho de Administração da Jirau Energia, que
tem como acionistas ENGIE (40%), Eletrobras Eletrosul (20%), Eletrobras Chesf
(20%) e Mitsui (20%).
O
compromisso de Jirau com a sustentabilidade ficou evidente desde o projeto
inicial, quando a usina passou por uma avaliação, em 2012, com base na
ferramenta do Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade Hidroelétrica (HSAP),
também pertencente ao Conselho de Sustentabilidade Hidroelétrica. A construção
da hidrelétrica se baseou no modelo de engenharia otimizada, que, além de usar
os mais modernos critérios técnicos, também levava em consideração os cuidados
com o meio ambiente. Localizada a 120 km de Porto Velho (RO), a usina converte
o potencial do rio Madeira em energia renovável a partir de 50 unidades
geradoras que somam 3.750 MW de capacidade instalada, sendo a primeira no
ranking de disponibilidade operacional, segundo o Operador Nacional do Sistema
ONS.
“Nossos
esforços não se restringem às questões ambientais. Nós também mantemos
programas voltados para o desenvolvimento e a capacitação da população da
região e grupos específicos, como os pescadores. Esse compromisso é evidenciado
nos resultados da avaliação de Jirau”, destaca Edson Silva, diretor-presidente
da Jirau Energia. “Jirau é uma prova de que é possível se desenvolver
infraestrutura de forma responsável na região amazônica.”
Depois do
processo de certificação e da visita feita à usina de Jirau, foi aberto um
período de consulta pública de 60 dias, que permitiu que as partes interessadas
analisassem e comentassem as conclusões da avaliação. O desempenho do projeto
na avaliação excedeu as boas práticas, com pontuações superiores a 60% em todos
os requisitos avançados para cada um dos 12 tópicos Ambientais, Sociais e de
Governança (ESG) descritos na Norma de Sustentabilidade Hidroelétrica.
“Tendo
realizado a avaliação inicial do projeto Jirau utilizando o HSAP durante a
construção, é muito gratificante retornar após uma década de operações e
testemunhar o significativo avanço e consolidação das iniciativas ambientais e
sociais, juntamente com os impactos positivos gerados pelo projeto” observou
Joerg Hartmann, líder da avaliação de 2023 e que também fez parte da equipe de
avaliação em 2012. “Por termos colaborado anteriormente com a Jirau Energia,
estamos otimistas quanto à persistência dessa equipe dedicada no que se refere
ao trabalho continuado em questões remanescentes, especialmente em áreas
relativas à subsistência das comunidades locais e à biodiversidade aquática,
mesmo que já tenha sido atingida a certificação em nível Gold”.
Projetos
de Jirau são voltados para a Agenda ESG
Desde
o início do projeto, a companhia investe em estudos de monitoramento das
espécies nativas do entorno da usina com o objetivo de garantir a preservação
da biodiversidade da região. A recuperação das áreas onde houve interferência
por conta das obras é outra importante frente de atuação. Atualmente, 630
hectares estão sendo reflorestados com o apoio de 28 viveiros familiares, o que
também gera renda para esses pequenos produtores rurais, sendo este trabalho
certificado pelo IBAMA, como boas práticas, no licenciamento ambiental.
“Jirau
é integrada econômica, ambiental e socialmente à região onde está instalada”,
resume Edson. O executivo explica que a companhia também segue investindo no
desenvolvimento de Nova Mutum Paraná, construída para ser a nova moradia das
famílias que habitavam a beira do Rio Madeira na região em condições
desfavoráveis e foram relocadas para permitir a construção da usina. O distrito
tem mais de dois milhões de metros quadrados de extensão e capacidade para
receber seis mil pessoas. Com ares de cidade já consolidada, Nova Mutum Paraná
conta com saneamento básico, ruas asfaltadas, escolas públicas, creches,
iluminação pública, telefonia, igrejas, internet, bem como diversidade de
atividades comerciais e de lazer.
Outro
grande legado de Jirau alinhado à agenda ESG é a contribuição da usina para a
redução das emissões de gases de efeito estufa. Certificada pela ONU, a usina é
o maior projeto de energia renovável do mundo registrado no Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), evitando a emissão de seis milhões de toneladas de
CO2 por ano. O projeto também integrou a primeira emissão de Green Bonds do
Grupo globalmente, além de ter sido financiado seguindo os Princípios do Equador.
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