Sábado, 12 de outubro de 2024 - 08h19
A Energisa realizou uma série de fiscalizações nas regiões
central, sul e leste de Porto Velho, com o objetivo de combater o furto de
energia elétrica em estabelecimentos comerciais de médio e grande porte.
Durante a ação, diversas irregularidades foram
identificadas, incluindo um desvio de energia em três fases em uma indústria de
bebidas, além de ligações clandestinas detectadas em duas panificadoras, uma
borracharia e um mercado. Como se trata de crime previsto no código penal,
houve o acionamento da Polícia Militar e da Polícia Técnico-Científica
(Politec). Cinco proprietários foram presos em flagrante, sendo quatro
indiciados por furto de energia e um autuado por estelionato, devido à
complexidade da fraude em seu estabelecimento.
Em 2024, a Energisa já realizou 125 mil inspeções, nas
quais foram encontradas 40 mil irregularidades, resultando na recuperação de 70
GWh (gigawatts-hora) de energia – o equivalente ao consumo de mais de 280 mil
residências.
Cleyton Dias, coordenador de Planejamento da Energisa,
alerta sobre os riscos dessas irregularidades. "O furto de energia coloca
vidas em risco, pois as ligações clandestinas podem causar acidentes graves,
como choques elétricos. Apenas equipes especializadas da distribuidora têm
autorização para realizar intervenções na rede elétrica", ressalta
Cleyton.
Além dos riscos à segurança, o coordenador destaca os
prejuízos financeiros gerados pelo furto de energia para o estado e a
sociedade. Estima-se que Rondônia deixe de arrecadar cerca de R$ 130 milhões em
ICMS anualmente, valor que poderia ser investido em setores essenciais como saúde
e educação.
Outro impacto importante recai sobre os consumidores que
estão em conformidade com a lei. "A prática criminosa afeta a qualidade do
fornecimento de energia, pois a rede é projetada para atender apenas os
consumidores regulares", completa Cleyton.
É fundamental lembrar que o furto de energia é crime, com
penas de um a quatro anos de reclusão, além de multa. A população pode ajudar a
combater essa prática criminosa denunciando de forma anônima pelo telefone 190
da Polícia Militar ou pelo número 0800 647 0120 da Energisa.
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