Sexta-feira, 22 de julho de 2022 - 11h46
Entra governo, sai governo, e o
problema do desabastecimento de água na cidade de Porto Velho permanece. Todos
os anos, a situação se repete. E, por incrível que parece, sempre no mês de
julho, acontece alguma coisa para a Caerd tentar justificar o maldito
racionamento. Assim, o que já é ruim, piora.
A escassez de água na capital tem
sido objeto de várias audiências pública, debates, seminários e reuniões, mas
não se conseguiu, até hoje, chegar a lugar nenhum. Enquanto isso, os pedidos da população, vítima
direta da incompetência governamental, partem de todos os lados. Infelizmente, não
se vê uma pressão por parte da classe política para que os gestores públicos
tomem providências.
É uma maldade o que se faz com os
moradores de Porto Velho, no que se refere ao abastecimento de água,
principalmente, aqueles mais necessitados. Chega a ser até difícil encontrar
substantivo para qualificar essa demonstração de desprezo das autoridades para
com o povo. Nem precisa dizer que temos o terceiro rio do país em extensão e um
dos mais volumosos do mundo – o Madeira. Nesse caso, especificamente, verifica-se
uma série de erros que foram praticados, e a autoridade pública deu
visibilidade a conquistas que não se realizaram, como a qualidade e abrangência
dos serviços que não aconteceram e a implantação de um modelo de distribuição
de água de referência. Tudo mentira para tentar enganar a população.
E agora, o que os senhores vão
dizer à população que sofre com a carência de água, uma vez que estamos em
plena campanha eleitoral? Enquanto o acesso à água continua sendo um desafio
para centenas de famílias que moram nesta cidade e um drama onde se mistura
várias questões, como risco à saúde do povo, exploração de consumidores e desrespeito
a direitos básicos das pessoas, as autoridades responsáveis aparecem sorrindo,
de orelha a orelha, na televisão e nos jornais, como se não estivesse
acontecendo, como se vivêssemos no mundo encantado da fantasia, na maior cara
de pau.
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