Sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022 - 18h01
Entra governo, sai governo, é a
situação do abastecimento de água da cidade de Porto Velho persiste. Em 2009, o
governador Ivo Cassol prometeu atender cem por cento da população da Capital
com água tratada, mas o projeto não saiu do papel. Na ocasião, houve quem
jogasse a culpa no lombo de um petista, que teria farejado um odor desagradável
no ar, e resolveu mandar o pacote para o Ministério Público de Rondônia desembrulhar,
interrompendo, assim, o andamento das obras.
Vê-se, pois, que o problema
não reside na escassez de recursos. Pelo contrário, dinheiro existe, e muito.
Aliás, sobrou dinheiro, tanto que milhões de reais teriam sido devolvidos à
Caixa Econômica, que, por sua vez, os repassou aos cofres da União. O que faltou
mesmo foi competência para executar um projeto essencial à vida da população.
Tanto a Câmara Municipal quanto a Assembleia Legislativa fizeram o seu papel,
abrindo suas portas à realização de várias audiências pública para debater o
tema, mas a coisa não avançou.
Agora, porém, parece que o
prefeito Hildon Chaves decidiu colocar o dedo na ferida e, consequentemente,
tentar solucionar o caso que se arrasta ao longo de décadas de descaso do poder
público, uma herança maldita dessa postura. Semana passada, Dr. Hildon anunciou
a empresa vencedora do projeto que vai levar água tratada aos portovelhense. A
privatização do sistema revela também o caminho escolhido pela prefeitura para
se desvencilhar de uma antiga situação de dependência do Estado nas negociações
e nos acordos celebrados.
É uma vergonha (para não dizer
coisa pior) saber que noventa e nove por cento da população não tem acesso à
água canalizada. Não menos grave é a situação do esgotamento sanitário. Dai a
importância de o poder público municipal arregaçar as mangas e levar adiante o
plano de ação no que se refere à gestão da água tratada.
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