Segunda-feira, 12 de abril de 2021 - 09h35
Alguém já disse que a esperteza, quando muita, acaba
engolindo o próprio dono. Tempos difíceis favorecem toda sorte de esperteza e
bandalheiras. Governadores estão na mira na Policia Federal, acusados de
desviarem recursos destinados ao combate da pandemia do coronavirus. Prefeitos
anunciam a chegada de milhares de doses de vacinas que ainda não foram
fabricadas em tempo recorde. Autoridades que não conseguem sequer organizar um
plano de vacinação, possibilitando, assim, que políticos definam, segundo seus
próprios critérios, que são os grupos prioritários que receberão a vacina
contra a covid. E – pasmem! -, até um ex-presidiário, acusado de ser o mentor e
principal beneficiário do maior esquema de corrupção mundial, resolveu surfar
na onda do vírus, tentando ensinar Pai Nosso a vigário, achando que todo mundo
é otário. Não que o dito cujo esteja, de fato, preocupado com o bem-estar da
população. Nada disso. Move-o, apenas, o desejo diabólico de esmagar
politicamente seu principal adversário politico para, assim, ter a oportunidade
de retornar ao ápice do poder, calcado numa oposição construída por uma
confluência de interesses ocultos e sórdidos, não percebendo que esse esforço
resultará inútil e estéril. E, o pior, é que ainda tem muitos desmiolados que
acreditam no discurso falsamente moralizar do ex-detento. É a demagogia, de
mãos dadas com a arrogância, usando e abusando de conhecidos e surrados
chavões, que sempre serviram aos velhos processos de agitação popular.
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Igualitarismo ou igualdade rasteira: uma ilusão que parece justa, mas não é
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