Domingo, 4 de fevereiro de 2024 - 09h05
Se você
tem motivos para votar na ex-senadora Fátima Cleide (PT) caso ela venha
concorrer à prefeitura de Porto Velho em 2024, não vejo nenhum problema nisso.
Respeito sua decisão. Afinal, Deus nos criou livres para escolhermos o caminho
devemos trilhar. Eu, porém, reservo-me no direito de dizer que, em hipótese
alguma, votaria nela, por vários motivos, que julgo desnecessário enumerá-los,
até para não cansar o leitor. Já o fiz em ocasiões anteriores, mas, agora, sem
chance. Nada contra a ex-senadora. Até que se prove o contrário, ela é uma
pessoa íntegra, que deixou sua marca registrada no cenário político
rondoniense, como representante do estado no Senado da República, mas isso
ficou no passado distante, que não volta mais, apesar de o infantilismo político
mais empedernido tentar regar as flores murchas do esquerdismo com discursos
saudosistas.
O
problema não está na Cleide, mas no partido ao qual ela é filiada. O PT deixou
uma herança maldita ao município de Porto Velho, nos dois mandatos do senhor
Roberto Sobrinho, sendo o último marcado por um cipoal de escândalos, que motivou
a debandada de lideranças históricas de suas fileiras. Desde então, o partido
não conseguiu eleger sequer um vereador. E, pelo visto, não será diferente em
2024. Na eleição de 2020, o candidato à prefeito pelo PT foi massacrado nas
urnas, não teve o que se poderia chamar de uma votação honrosa.
Na
recente eleição para presidente da República, a maioria da população de Porto
Velho já deixou claro que não quer o retorno do PT à administração municipal. O
tamanho e os problemas crônicos que têm a cidade não permitem qualquer tipo de
aventura, em nome da qual todos poderão pagar caro, no futuro ou mesmo no
presente. Os exemplos não estão muito longe de nós. Só não enxerga quem não
quer. Se resolver entrar na canoa furada da eleição para a prefeitura de Porto
Velho, Cleide passará um tremendo vexame, marcando sua trajetória política com
uma votação pífia. E ela não merece isso.
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