Sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021 - 08h57
Justificando
irregularidades, uma autoridade suspende o pagamento de gratificação devida a servidores,
mas, sem-cerimônia, nomeia para posto de mando um condenado. E o que dizer
daquele dirigente acusado de fraudar a quantidade vagas de UTI para tornar
menos rígidas as medidas restritivas de isolamento social. São exemplos de dois
absurdos, para não carregar na adjetivação, mas a lista é extensa. Se cada um
deles fosse citado, o espaço não seria suficiente para acomodá-los.
O mal de
administradores da coisa pública consiste em não assumir a responsabilidade do
que fizeram, ou deixaram de fazer. Alguns preferem cantar vantagens quando as
coisas dão certo, mas não têm a humildade para reconhecer o fracasso ou
eventuais irregularidades de que se revestem seus atos.
Não se diga,
contudo, que esse tipo de conduta se restrinja a uma esfera de poder. Pelo
contrário, os fatos estão ai para mostrar que eles alcançam todos os níveis,
federal, estadual e municipal. Para aquilo que vai bem, o autoelogio, a
publicidade oficial milionária, a incensar o dono do poder como o grande
benfeitor; porém, para aquilo que vai mal, o silêncio, que mais se associa com
cumplicidade, a fuga à responsabilidade ou as desculpas esfarrapadas, sem
contar os que têm a cara de pau de atribuir o malogro ao azar, às circunstâncias,
aos fatores externos e outras baboseiras do gênero.
É velho o dito popular que ensina “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Ao
admoestar lideres religiosos de seu tempo Jesus falou: “Os
mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés.
Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes
dizem.
Mas não façam o que eles fazem, pois não
praticam o que pregam”. Não deveria ser assim, mas é. O filósofo e senador Marco Túlio Cicero disse que, se
fosse preciso escolher entre três sentenças – cometer injustiças e não sofrê-las, cometê-las e sofrê-las, ou evitar ambas –, o melhor seria
cometê-las impunemente.
Tem gente que acha mais fácil apontar o dedo na direção do outro para
condená-lo do que reconhecer suas próprias fraquezas.
Lua de mel do prefeito Léo com a Câmara Municipal logo chegará ao fim
No começo, tudo são flores. Com o passar do tempo, elas murcham, perdem o vigor e acabam morrendo. Assim pode ser entendido o relacionamento entre o
Iniciamos o ano 2025 com as esperanças murchas porque na qualidade de cidadãos e de povos nos encontramos envolvidos num dilema político-económico q
Prefeito Léo acertou na escolha para a Controladoria Geral
Léo Moraes assumiu no dia 1º de janeiro os destinos do município de Porto Velho, em uma solenidade bastante concorrida, que aconteceu no Complexo da
Igualitarismo ou igualdade rasteira: uma ilusão que parece justa, mas não é
Imagine-se que o mundo (a sociedade) é como um campo com muitas plantas diferentes: umas altas, outras rasteiras, algumas com frutos, outras com