Quinta-feira, 20 de março de 2025 - 10h40
Acabou de vez os problemas de
invasão de terras no Brasil. O MST, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra,
braço terrorista do Partido dos Trabalhadores- PT, começou a arrumar a foice e
o facão. Destino! Venezuela. Agora os “companheiros” vão receber do Governo
Maduro, 180 mil hectares de terras férteis para poderem produzir e mostrar para
os ruralistas brasileiros e para o mundo como se faz agricultura social.
A lógica por trás da notícia é
simples. O MST que leva a sério o lema "ocupar, resistir,
produzir", encontrou, com essa proposta da Venezuela, a
oportunidade ideal para resolver de vez o problema de reforma agrária que tanto
lutam aqui nas terras de Cabral. Lá, não há necessidade de enfrentar a Justiça
brasileira, a bancada ruralista ou as críticas da mídia. Basta embarcar em um
ônibus fretado (custeado, quem sabe, pelo governo Lula) e desembarcar no
paraíso tropical da revolução bolivariana, onde latifúndios expropriados
esperam por mãos brasileiras dispostas a plantar. "É uma reforma
agrária sem culpa. "O MST ganha terra, o Brasil ganha paz no campo, e
Maduro ganha uma narrativa de que sua política agrícola é tão boa que até
estrangeiros querem participar."
O governo Lula, sempre em
busca de pontes com governos de esquerda , deve abraçar a ideia como um projeto
de "integração solidária". Em vez de desapropriar terras caras e
produtivas no Brasil — o que exigiria confrontar o agronegócio, responsável por
quase 30% do PIB nacional —, bastaria investir em passagens , kits de
assentamento (com sementes, enxadas e um guia de sobrevivência em economias em
colapso) e um discurso emocionado sobre "irmandade latino-americana" como um atalho surreal para
"resolver" um problema que nenhum governo brasileiro conseguiu — ou
quis — enfrentar de fato. "É mais barato do que comprar terras",
Para alguns entusiastas da
política, essa seria a chance perfeita para o MST brasileiro: em vez de invadir
fazendas produtivas no Brasil, por que não aceitar terras gratuitas em um país
onde o Estado não só apoia a reforma agrária, mas a oferece de bandeja? Para os
sem-terra, a proposta teria vantagens imediatas. Na Venezuela, não há risco de
emboscadas de pistoleiros, ordens de despejo ou acampamentos precários sob
chuva. Em troca, eles poderiam mostrar uma agricultura sustentável e
socialmente econômica, com um apelo ambiental e, aproveitar essa oportunidade
para exportar essa ideia para outros países que sofrem com a escassez de
comida. Porém, eles teriam de lidar com
alguns probleminhas bestas como a falta de combustível para tratores, sementes
de qualidade, fertilizantes e, claro, a pequena inconveniência de uma inflação
que transforma o salário mínimo em papel de parede. "Mas isso é
detalhe", diz um simpatizante da ideia.
Entre os próprios integrantes
do MST, a reação é de divisão. Enquanto alguns veem a Venezuela como uma
"vitrine política" — "Mostraremos que, com apoio estatal, a
reforma agrária funciona" —, outros temem virar figurantes de um reality
show de fracassos. "Não adianta ter terra se não há infraestrutura",
diz um líder do movimento, que pede anonimato. "Maduro nos dá o lote, mas
quem vai nos dar à luz, o adubo, a estrada para escoar a produção? O Lula?
Claro. E, eu aqui com muito entusiasmo digo: “Não desanimem.."O importante
é que, pela primeira vez, o MST terá terras sem precisar invadir. E, nesse
caso, o Governo Lula, que está acostumado a pegar dinheiro suado dos
Brasileiros para doar para economias de esquerda, como Cuba, por exemplo, pode
simplesmente determinar que o BNDES, faça um aporte volumoso de recursos para
garantir os insumos aos integrantes do MST. Taí. uma ideia que eu apoio e
defendo!" Não deem atenção para essa bobeira de crítica de que suas
práticas no Brasil, como a famosa "ciranda da terra" (invadir, vender
e reiniciar o ciclo), seja um coisa ruim. Talvez seja hora de buscar novos
ares. E, convenhamos, o socialismo bolivariano parece o destino perfeito para
quem gosta de terra sem precisar pagar por ela.
A realidade é que o MST é
conhecido aqui no Brasil por um ciclo
que já virou quase um ritual: invadem terras, muitas vezes produtivas, alegando
que são latifúndios desprovidos; recebem financiamento público do Plano Safra,
com juros baixíssimos (ou zero), para começar a plantar; não plantam — ou, se
plantam, a produção é tão insignificante que mal dá para encher um saco de
feijão; não pagam os bancos, afinal, por que pagar se o governo sempre perdoa
as dívidas?; e, por fim, vendem os lotes ilegalmente e partem para novas
ocupações, reiniciando o ciclo. É a famosa "ciranda da terra", uma
dança em que os únicos que saem perdendo são os contribuintes brasileiros e os
produtores rurais que realmente trabalham no campo.
Mas na Venezuela, tudo seria
diferente. Na terra de Maduro, o MST não precisaria se preocupar com a ciranda.
Afinal, o governo venezuelano já expropriou tantas terras que há sobra para
todo mundo. E o melhor: não há bancos cobrando dívidas, não há ruralistas
reclamando de invasões e, principalmente, não há expectativa de que algo seja
produzido. Imagine só: sem pressão para plantar, já que a agricultura
venezuelana já é tão negligenciada que o país importa 70% dos alimentos que
consome. Se o MST não produzir nada, será apenas mais um na fila dos fracassos
bolivarianos. Sem risco de despejo, pois o governo venezuelano adora expropriar
terras, mas nunca as devolve. Uma vez no assentamento, os sem-terra brasileiros
poderão ficar tranquilos: ninguém vai tirá-los de lá. E, claro, sem necessidade
de vender lotes. Para que vender se a terra é de graça? E, convenhamos, seria
uma grande oportunidade para que os assentados na Venezuela possam levar também
seus familiares esquerdistas para ajudar na construção desse grande projeto?
Uma outra coisa que me chama atenção é que na Venezuela, o MST não precisaria
fingir que está fazendo algo produtivo. Poderia simplesmente ocupar, receber e
descansar — enquanto o governo bolivariano cuida do resto.
Os números não mentem, antes
que venha um apressadinho tentar derrubar essa narrativa. O MST é responsável
por uma parcela significativa dos assentamentos criados no Brasil nas últimas
décadas. Segundo dados do Incra, até 2020, existiam mais de 9.000 assentamentos
em todo o país, abrigando cerca de 1 milhão de famílias. O governo federal, ao
longo dos anos, investiu bilhões de reais em programas de reforma agrária,
incluindo financiamento para assentamentos via Plano Safra e outros programas
de crédito rural. Relatórios do TCU já apontaram que, entre 2003 e 2016, foram
gastos mais de R$ 70 bilhões em políticas de reforma agrária e agricultura
familiar. No entanto, parte desses recursos foram desviados por má gestão e
falta de resultados concretos. Uma boa parte desse dinheiro foi aplicada em
programas de formação de guerrilha e de soldados da invasão.
Estima-se que, desde sua
fundação em 1984, o movimento já tenha realizado milhares de invasões em todo o
país. Nem todas essas ocupações resultam em desapropriações, mas muitas acabam
pressionando o governo a criar assentamentos. Na maioria dos casos, as fazendas
invadidas são produtivas.
Enquanto o movimento afirma
que seus projetos garantem acesso à terra e melhoram a vida de milhares de
famílias, estudos apontam que os assentamentos sofrem com baixa produtividade,
falta de infraestrutura e abandono. Há casos documentados de lotes que foram
vendidos ilegalmente ou simplesmente deixados de lado, sem cumprir o propósito
de produzir alimentos ou gerar renda. Além disso, relatórios do TCU já
destacaram que parte dos recursos destinados à reforma agrária não foi
utilizada de forma eficiente, resultando em desperdício de dinheiro público.
Esse tipo de movimento, como
ONGs e outras agremiações frequentemente recebem crédito rural com juros
subsidiados, mas muitos assentados não conseguem (ou não se esforçam para)
pagar as dívidas. Em 2020, por exemplo, o MST acumulava dívidas de mais de R$ 2
bilhões com bancos públicos, e o movimento já pediu ao governo federal o perdão
dessas dívidas em várias ocasiões. E vai ter, espere!
Dados do Incra, e o meu irmão
Cletho Muniz de Brito, que o diga, apontam que pesquisas acadêmicas mostram que
muitos assentamentos têm baixa produtividade, dependendo de projetos
governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para escoar sua produção. Em alguns
casos, a produção é tão pequena que mal cobre as necessidades das próprias
famílias assentadas. Não cabe num saquinho de sarrapilha.
Acho que aqui no Brasil não é
a melhor terra para o MST, existe muita perseguição. Não acredito que os
lideres do movimento vão perder essa oportunidade única feita por Maduro. A
coisa não anda bem para o lado deles, como se pode ver. O pacote de projetos
apresentados no Congresso que, entre
outras medidas, classifica as invasões de terra do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) como terrorismo, deve tramitar pelas comissões do Senado
no próximo semestre, após umas das propostas ganhar celeridade na Câmara na
primeira metade do ano.
A pauta anti-MST tem quase 20
projetos nas duas Casas, sendo três deles no Senado - um foi proposto e
aprovado pela Câmara em maio do ano passado, onde tramitou em regime de
urgência durante a onda de invasões do MST em abril e, agora, aguarda no Senado
a distribuição entre as comissões. O objetivo das propostas é punir os
envolvidos em invasões, como proibi-los de acessar programas de reforma agrária
e crédito rural ou de ter cargos públicos.
Se conselho fosse bom, ninguém
dava, vendia... mas arrisco, aqui, a alertar os soldados da invasão que está na
hora de botar o pé na estrada. Está definido. A solução para o MST é a
Venezuela e, contem comigo para ajudar nessa proposta. Se for o caso, vamos
chamar todos os ruralistas, os direitistas, os comerciantes, as donas de casa
e, porque não os trabalhadores de fato e de direito, para nos unirmos e ajudar
a enviar essa turma para terra da fartura onde emana o leite e o mel. Depois
ajudamos as famílias a se juntarem a eles como uma ação solidária. Vamos a
luta...
Rubens Nascimento é jornalista, formado em Direito, Mestre-Maçom- GOB e ativista do desenvolvimento.
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.
Conheço Jaime Gazola desde os tempos da Câmara Municipal de Porto Velho – ele vereador e eu servidor efetivo. Certa vez, cheguei a auxiliá-lo numa C
O derretimento do governo Lula
No presente artigo farei algumas considerações sobre a queda de popularidade do presidente Lula, que passou de 37% para 24%. Quero comentar a recent
Foi-se o homem que deixou seu legado na história da Polícia Militar de Rondônia
Rondônia perdeu um dos seus filhos mais ilustres, na manhã desta segunda-feira (17/03). Faleceu o coronel Valnir Ferro de Souza, ou, simplesmente, V