Terça-feira, 27 de julho de 2021 - 14h13
A violência no Brasil, mais do que preocupante, é
assustadora, especialmente pelos níveis de sofisticação que vêm alcançando nos
últimos anos. Em Porto Velho, seria até desnecessário dizer, mas a situação
chegou às raias do absurdo, apesar dos esforços de uma ou outra autoridade. Os
homicídios e os acidentes de trânsito estão na ordem do dia. O final de semana
que passou, como de resto, foi marcado pela violência.
Ao contrário dos que muitos imaginam, o problema da violência
jamais será resolvido com ações isoladas. O pior é que se não vê uma saída, no
curto prazo, como exigem os cidadãos, mas é possível, no mínimo, criar
condições psicológicas e primitivas no seio da população por meio da garantia de
que haverá prevenção e pressão eficientes.
Partindo dessa premissa, e o mais importante, é necessário
que os responsáveis pela segurança da sociedade trabalhem em cima de ações e
projetos amplos, que possuam íntima relação com o aperfeiçoamento da cidadania.
Que se comece pela criação de empregos – apenas para ficar nesse exemplo mais
eloquente, mas há outros, como acesso à educação de qualidade.
A família também precisa fazer a sua parte. Deus é a luz que
falta em muitos lares. É preciso resgatar os valores de uma vida ética e
harmoniosa. E o lar é, sem dúvida, o ambiente onde se pode colher boas
referências para a formação do caráter do indivíduo, uma vez que deixá-lo à
deriva não é a saída mais inteligente.
A questão da violência, como se observa, é complexa e bem
maior. Não se resolverá num passe de mágica, principalmente num país que se
debate há anos com os tipos mais trágicos de dificuldades, como a fome, mas não
se pode ficar parado, muito menos jogar os obstáculos para debaixo do tapete.
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