Segunda-feira, 25 de julho de 2022 - 16h14
Depois de muito refletir cheguei à
conclusão de que Lula está certo na sua aliança com o ex-tucano de carteirinha
e antipetista Geraldo Alckmin. Esse negócio de voltar à cena do crime, não
passou de um mal-entendido, que ficou no passado. Jamais passou pela cabeça de
Alckmin magoar Lula ou quem quer que seja. Saiu sem querer. Pura força de
expressão, apesar de a Bíblia ensinar que a boca fala do que o coração está
cheio. Mas, enfim, casamento celebrado. E ponto final. Não se fala mais sobre
isso. Prevaleceram os mais altos interesses públicos. O resto, só não enxerga
quem não quer, coisa de primarismo, que chega às raias da burrice ou, no
mínimo, da mais absoluta estupidez.
Agora, o importante é unir forças,
juntar as experiências acumuladas de um e de outro, buscando, acima de tudo, o
bem-estar da população brasileira e o enriquecimento do processo democrático.
Afinal, Lula e Alckmin são duas lideranças políticas, conquanto postadas em
campos ideologicamente diametralmente opostos. Quanto a isso, nada mudou, cada
um continua pensando e agindo à sua maneira, inspirados numa visão social e de
país com diferenças abissais.
O brasileiro, por tradição, é muito
imaginativo. Às vezes, criamos situações e formulamos hipóteses muito distantes
da realidade, sendo curioso destacar nossa fantástica capacidade para enxergar
o que não existe ou o que jamais existirá. E aí, nesse universo mais ou menos
próximo da ficção, passamos a moldar nossos interesses em cima de fatos que só
existem nas nossas mentes, como está acontecendo agora, em torno da aliança
politica entre Lula e Alckmin, quando todo mundo sabe que eles não fizeram nada
de errada, nenhum acordo que não pudesse ter sido celebrado à luz do dia, nada
ficou escondido da opinião público, tudo foi feito às claras, completamente diferente
da velha política do “é dando que se recebe”.
É preciso que uma coisa fique bem
claro: Lula continua sendo Lula, e Alckmin continua sendo Alckmin. Nada mudou
entre eles, ninguém renunciou um milímetro sequer em suas convicções
ideológicas. Não houve nenhuma negociação politica que, eventualmente, pudesse
implicar para ambos no rompimento de suas posições pessoais e partidárias. Há
um ambiente de cooperação entre eles. E isso é o que importa.
Deixemos, pois, que Lula e Alckmin
sigam juntos, até que a vaidade os separe, pois é disso que se nutre a politica
nacional. Afinal, Lula, Alckmin, FHC, Serra, Aécio e Dilma, são todos farinha
do mesmo saco. Não é sem motivo que, frequentemente, somos alvos de chacota por
parte de outras nações, como o país que não leva nada a sério, principalmente,
no campo político, onde as mais escandalosas bizarrices acontecessem.
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