Quarta-feira, 7 de março de 2018 - 21h22
O deputado Jesuíno Boabaid (PMN), na sessão desta quarta-feira (7) voltou a falar de violação da intimidade da pessoa ao se referir às gravações clandestinas que repercutiram esta semana envolvendo seu nome e do presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (MDB).
O parlamentar disse estar aguardando informações, de quem quer que seja, sobre de onde saíram as gravações e de que forma foram feitas e elaboradas. O deputado também ressaltou que espera ter acesso ao conteúdo da conversa na íntegra.
“Trata-se de uma gravação clandestina, que passou por cortes, que não bate com o que foi transcrito. E o que me surpreende é que o vice-governador, Daniel Pereira (PSB), antes da divulgação desses áudios, assegurou a um jornal que até o final daquela tarde haveria uma mudança nesse cenário”, disse Boabaid.
O deputado afirmou que em nenhum momento da gravação fala de propina, de corrupção, mas sim, que o regimento interno tem previsão na Constituição Estadual quanto ao afastamento e que qualquer cidadão pode fazê-lo.
Jesuíno Boabaid destacou que assinou todas as CPIs instaladas na Assembleia e que continuará assinando. Porém, o deputado afirma que nada disso foi divulgado nas gravações, pois o final da conversa, segundo ele, com duração de mais de uma hora, foi excluído do que foi propagado nas redes sociais.
“Foram muito mais de 11 minutos. Por que essa pessoa se utilizou só daquele trecho? Isso é pra tentar desqualificar nosso trabalho, para tentar nos desmerecer. Independente de qualquer situação, eu sou policial militar da Reserva Remunerada e estou deputado”, argumentou Boabaid.
O deputado desafiou qualquer pessoa a comprovar alguma situação onde ele teria votado contra servidor público, ou tratado qualquer questão que não tenha sido de forma democrática.
O parlamentar frisou que nunca foi proposto na Assembleia Legislativa, qualquer coisa que tenha sido conversado na gravação clandestina. Jesuíno voltou a dizer que CPIs não avançam na Casa de Leis, porque não se conseguem as oito assinaturas necessárias. Boabaid ainda acrescenta, que para qualquer pedido de afastamento são necessárias 16 assinaturas.
“E quanto a essa conversa sobre o governador ter desistido, eu sei o motivo. O Daniel Pereira, antes de assumir o governo, já estava tratando o governador como ditador, não aceitava nomeação e indicação dele, não aceitou que Confúcio indicasse o nome do seu vice, caso ele viesse ao pleito de governador e estava fazendo várias mudanças sem ter o aval do Confúcio”, declarou Jesuíno Boabaid.
O deputado disse não ser governo e não ter cargo no Poder Executivo e que essas questões são de governo. Para o parlamentar, a discussão da greve dos trabalhadores em educação sim, é uma pauta que deve ser discutida, assim como discutir pleitos, direitos e reconhecê-los como prioridade, uma vez se tratar de servidor público.
“Se no dia 7 de abril o governador achar que deve sair isso é problema dele, do Daniel Pereira, de qualquer um que seja. Agora, se ele está sentindo que haverá uma traição, assim como o presidente da Casa, que também foi convidado para ser o candidato do MDB ao governo, por eles, isso é entre eles”, ressaltou o deputado.
Jesuíno reafirmou que a conversa gravada clandestinamente tinha horas de duração e foi cortada para tirarem o foco do que realmente deveria ser discutido e citou a ponte do Anel Viário de Ji-Paraná. Segundo Boabaid, a Justiça está se manifestando e já há situações tramitando no Ministério Público e demais órgãos competentes e na Assembleia, e que vários assuntos estão sendo discutidos, inclusive sobre a ponte.
“Eu fui o autor do requerimento para o Ezequiel Neiva comparecer aqui junto com os procuradores. Porque afinal, para que abrir CPI se a Justiça já até bloqueou os bens de todos os envolvidos. Estou do lado do povo. A minha vida política que construí e minha trajetória não serão destruídas por conta de uma fala”, assegurou Jesuíno.
O parlamentar defendeu que qualquer pessoa, estando em qualquer lugar é amparada pelo estado democrático de direito a falar o que quiser. Porém, repudiou a atitude de uma pessoa captar uma conversa clandestinamente e divulgar o conteúdo, sem qualquer autorização judicial, sem uma fonte completa e com o único objetivo de desqualificar os envolvidos.
“Aqui em Rondônia, senador caçado é aliado do prefeito e o povo bate palma. Aqui, se fizer uma pesquisa para governo, senador condenado é pretenso candidato a ser eleito. Pois eu não tenho uma condenação, minha ficha é limpa e a única coisa que eu fiz na minha vida, foi ser um líder de greve”, desabafou Jesuíno Boabaid.
O parlamentar lembrou que foi processado, mas “a anistia me acobertou e por isso não estou preso”, citou. Ao concluir seu pronunciamento, o parlamentar voltou a desafiar o autor das gravações a divulgar os trechos que apontem qualquer citação dele referente a corrupção.
“Eu não sentei com o governador para falar sobre isso e nem vou. Qualquer pessoa pode ser vítima desse sistema. Estou sabendo, inclusive, que vem dois cidadãos fazer essa denúncia dos áudios. Eu vou pedir para que quando eles forem protocolar a denúncia, me tragam uma cópia da gravação na íntegra”, adiantou o deputado.
Boabaid afirmou que seus trabalhos continuarão até o final do seu mandato. Jesuíno declarou, ainda, que quando um parlamentar da Assembleia faz qualquer tipo de ação positiva e extraordinária, não recebe holofotes.
“Um detalhe é que essa Casa tem uma mídia de R$ 26 milhões, e sabe porque essa mídia é paga? Para não estar apanhando. E tem mais, aqui, quem é dono de site tem indicação e eu vou pedir um levantamento de quanto estão aqui”, afirmou Jesuíno Boabaid.
O deputado afirmou, que a mídia não faz o mesmo com o Judiciário, “porque ela sabe que a caneta daqueles homens é pesada”, citou Jesuíno.
“Mas independente disso continuarei minha luta, meu trabalho. Vou aguardar o desfecho disso tudo e requisitarei inclusive a Sesdec, cópia dessas gravações, de onde surgiu, como surgiu, lembrando que já tenho conhecimento de um número que saiu divulgando para todo mundo. Tudo está sendo levantado”, concluiu Jesuíno Boabaid.
Fonte: Juliana Martins
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