Sexta-feira, 16 de agosto de 2024 - 13h31
Embora o termo “MIRIM”
em Tupí, signifique “PEQUENO”, essa tradução está longe de ser a
realidade de um dos municípios mais antigos de nosso Estado. Essa palavra se
remete apenas a cachoeira local. A pequenez; a miúdes, ou seja, a limitação são os pensamentos e as atitudes de políticos
tradicionais que governam ou tentando governar Guajará-Mirim. Quando Rondônia foi elevado à categoria de
estado em 1981, havia uma grande expectativa de desenvolvimento para todos os
seus municípios, especialmente para Guajará, no entanto, mais de quatro décadas
depois, aquela região parece ter ficado à margem do progresso que beneficiou
outras cidades rondonienses.
Enquanto sombra da estagnação
assola aquelas paragens, os outros 51 municípios de Rondônia avançaram em
diversas frentes, demonstrando crescimento econômico, melhoria na
infraestrutura, e, em muitos casos, aumento da qualidade de vida de suas
populações. Cidades como Ji-Paraná, Vilhena, e Cacoal, que no início da década
de 1980 ainda estavam se desenvolvendo, hoje se destacam como centros
econômicos e culturais. Porto Velho, a capital, também experimentou um
crescimento significativo, impulsionado por investimentos em infraestrutura,
educação e saúde, além de se tornar um importante polo de geração de energia
elétrica.
Guajará-Mirim, em
contrapartida, parece ter ficado parada no tempo. A falta de coesão política
entre suas lideranças locais e a ausência de projetos estratégicos que visassem
o desenvolvimento sustentável do município são algumas das razões apontadas
para essa discrepância. A economia local, que poderia ter sido impulsionada
pela sua localização fronteiriça e pela criação da Área de Livre Comércio, não
conseguiu atingir seu potencial. Comparado a municípios como Ariquemes, que se
consolidou como um importante centro de agronegócio, Guajará-Mirim não
conseguiu atrair investimentos robustos e diversificar sua economia.
Os desafios de Guajará-Mirim
são evidentes quando analisamos indicadores socioeconômicos. Enquanto
municípios como Cacoal e Vilhena registram avanços no Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), com melhorias na educação, renda e saúde, Guajará-Mirim continua
lutando contra problemas crônicos, como desemprego e infraestrutura precária. O
turismo, uma das áreas que poderia ser uma fonte significativa de renda, ainda
é subaproveitado, apesar do potencial natural e histórico da região.
Esse drama político se arrasta
há décadas. Mas onde está a causa disso
tudo? Respondo com a maior tranquilidade: A falta união entre as lideranças
políticas locais é evidente, com cada líder focando em seus interesses
individuais, o que resulta em um processo político desgastante e ineficaz. Essa
desunião tem sido um dos principais obstáculos ao desenvolvimento econômico e
social da região, que permanece entre as mais atrasadas do estado.
Diversos projetos já foram
tentados para impulsionar a economia local, mas nenhum obteve o sucesso
esperado. O turismo, a Área de Livre Comércio e, mais recentemente, o anúncio
da Ponte Bi-Nacional entre Brasil e Bolívia, que ligará Guajará-Mirim a
Guayaramerín, na Bolívia, são exemplos de iniciativas que poderiam transformar
a região. Além disso, a construção da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Esperança
é vista como uma oportunidade para revitalizar a economia.
No entanto, para que esses
projetos realmente tragam benefícios ao município, será fundamental contar com
uma administração forte, que compreenda profundamente os problemas locais e
esteja preparada para buscar soluções eficazes. Somente assim Guajará-Mirim
poderá sair do ciclo de estagnação e alcançar o desenvolvimento que sua
história e sua população merecem.
O que vejo há anos, são grupos
de famílias tradicionais, que não se entendem e trabalham, separadamente, uns
contra os outros para que não haja um crescimento politico de nenhum deles.
Poucos nomes como Isaac Bennesby, Moisés Bennesby, agregaram em torno deles as
lideranças. Issac, ousado, enfrentou inclusive o Governo Federal, correu risco
de parar na cadeia, mas meteu os pés e, com dinheiro da prefeitura, ousou
asfaltar uma rodovia federal, a BR-425, porque ele sabia que essa era uma
solução para atrair o desenvolvimento para o município.
Eu mesmo sofri com essa briga
politica em Guajará, em 1998, quando estava na Federação do Comercio-
FECOMERCIO, foi encarregado pelo então presidente Luiz Tourinho de levar para o
município uma unidade do Serviço Social do Comércio- SESC, com um programa
voltado para o lazer e educação de jovens e adultos. Meus amigos, não gosto nem
de falar nisso! Foram meses de reunião na Associação Comercial, na Câmara
Municipal, na Prefeitura, com associações de moradores, associações culturais,
tentando convencer esses grupos para a doação de um terreno onde seria
construída estrutura do SESC. Discurso
políticos, e muito blá-blá, sem nenhum resultado.
Certo dia, já bastante cansado
de tudo isso, retornando para Porto Velho, frustrado com esse transtorno, parei
em Nova Mamoré para almoçar. No restaurante, encontrei por acaso, o prefeito local
e contei a história. Ele pensou e, assim que acabei de almoçar, ele me levou
para olhar uma área para saber se servia para o projeto. Faltava infraestrutura
de estrada de acesso e energia elétrica. Ele logo se comprometeu em fazer tudo
isso, então concordei. Retornamos da visita, fomos para a Câmara Municipal onde
ele reuniu os vereadores e, em menos de duas horas, tudo estava aprovado. Um
mês depois a unidade do SESC passou a ser construída e, hoje, é uma zona de
desenvolvimento na cidade, trazendo benefícios sociais e econômicos para a
município. Isso é que eu chamo de um politico com visão estratégica, coisa que
não se vê em alguns nomes em Guajará.
Existe um revezamento na
prefeitura local, como um laboratório político, testando nomes que, até agora
não deram os resultados esperados. Traições políticas, são comuns e ninguém
confia um no outro. Mas os destinos de
Guajará-Mirim podem tomar um rumo diferente nesse processo político. A
população precisa ter uma visão mais estratégica e não votar apenas pelos benefícios
diretos que recebe do candidato. Precisa acreditar na proposta do ganha- ganha.
Ou seja: se a cidade está bem, todos estão bem. Na minha visão, um dos nomes
que disputam a prefeitura local chama-se Neidson de Barros Soares, o Dr.
Neideson, médico filho do município, politico preparado e experimentado no
parlamento estadual e responsável por tentar reunir grandes lideranças no
município na busca de retirar os ranços políticos que atrasam a região e preparar a cidade para receber grandes
investimentos que se avizinham. Tenho noticias de que sua campanha segue
fortemente porque, quem o conhece, sabe de suas intenções. Desenvolvimento e
muito trabalho para fazer de Guajará-Mirim valer o seu melhor nome: A Pérola
do Mamoré. Quanto aos outros, nem me atrevo a falar agora, mas não vai
faltar oportunidade.
Rubens Nascimento é
Jornalista, Bel em Direito, Ex-Superintendente da Fecomercio, do Conselho do
Sebrae e ex-superintendente de Desenvolvimento do Estado de Rondônia, M.M
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