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Igualitarismo ou igualdade rasteira: uma ilusão que parece justa, mas não é


António da Cunha Duarte Justo - Gente de Opinião
António da Cunha Duarte Justo

Imagine-se que o mundo (a sociedade) é como um campo com muitas plantas diferentes: umas altas, outras rasteiras, algumas com frutos, outras com flores e outras até com espinhos. Cada planta tem sua maneira de ser própria, mas o igualitarismo (igualdade!) é como um jardineiro que quer podar todas as plantas para ficarem todas do mesmo tamanho. Parece justo à primeira vista, mas será que é mesmo?  Não será no sentido de que a palavra de ordem igualdade é, por vezes, usada indiferenciadamente para tornar os desiguais iguais na amálgama de massas sociais!

Essa ideia do "todos iguais" muitas vezes é usada por quem quer juntar as culturas, as religiões, as populações e os indivíduos no mesmo saco, para os reduzir a uma argamassa e assim melhor os poder controlar e dominar. É como se dissolvêssemos cada gota d’água num grande oceano, onde ninguém mais consegue destacar-se nem manter a sua própria forma. A gota deixa de ser gota, torna-se apenas parte do mar (no mar da sociedade!). E aí, quem tem força para nadar contra a corrente é que comanda. (As doutrinas asiáticas estão hoje, entre nós, muito em voga por expressarem o “espírito do tempo” ao serviço do caudal do politicamente correcto!).

Quando olhamos para o céu, vemos as nuvens e sentimos que há algo de maior lá em cima, algo que nos inspira e nos faz querer ser mais do que simples animais. Mas hoje, parece que querem tirar-nos essa vista, essa perspectiva de consciência, dizendo que pensar diferente ou ter sonhos altos já não tem mais lugar numa sociedade de terráqueos. Querem que sejamos como bichos sem coluna vertebral; querem que os humanos não se consigam erguer e não ousem sair fora da sebe para assim melhor os poderem montar.

O povo humano quer viver em paz, mas há sempre aqueles que vivem da guerra, dos conflitos e das divisões. Claro, todos nós devemos ter o mesmo valor como pessoas – nossos direitos e nossa dignidade são iguais, não fôssemos nós todos irmãos não por adopção mas por filiação divina. Apesar do muito patuá actual, não dá para fingir que todos tenham as mesmas condições de vida ou as mesmas oportunidades. Cada um carrega com a sua história, com seus desafios, suas capacidades porque é feito dele mesmo e das suas circunstâncias.

A verdade é que as condições em que vivemos são muito diferentes. Tratar toda a gente como se fosse igual acaba ajudando só alguns grupos, deixando outros para trás. Não é justo pedir que a árvore frutífera e o cacto deem a mesma sombra – cada um tem seu papel e suas limitações. E o melhor será procurar viver não só do sol que brilha para todos, mas também ver que as sombras dos outros se tornem até em momentos de fortalecimento para o nosso desenvolvimento.

O igualitarismo, que promete bem-estar para todos engana as pessoas. Ele desvia a nossa atenção do que realmente importa: melhorar as condições de vida e respeitar as diferenças de cada um. Não somos todos iguais, mas podemos ser todos valorizados pelo que somos. Somos todos pessoas com raízes em diferente terra, mas o que nos faz erguer a todos é o olhar no sentido do Sol.

(O igualitarismo do bem-estar é uma ideologia enganadora que desvia os incautos da realidade que os oprime). A natureza tal como a sociedade é diversa pelo que a questão socialmente a resolver no sentido da igualdade jurídica será evitar que as desigualdades sejam devidas a meras circunstâncias.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

PS: O texto surgiu-me ao reflectir sobre a magia de que se vestem certas palavras usadas na política para atraírem pessoas que olham para o azul do firmamento, mas sem terem os pés assentes em terra confundindo a diferença das pessoas com a igualdade perante a lei. O filósofo Aristóteles defendia, “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade”.

 

O JOGO DA GUERRA NÃO ACABA PORQUE É O SUSTENTO DE ELITES OLIGARCAS ATRAVÉS DOS SÉCULOS

 

A Guerra do Peloponeso no séc. V a.C. é o Modelo das guerras geopolíticas seguintes

 

No baralho da sueca todos escondem as suas cartas e no fim ganha quem conseguiu ludibriar o parceiro e ter as melhores biscas. Faz lembrar a política onde cada um procura enganar o outro fazendo-se valer da “canalha” que tem...

A nós povos, tiraram-nos a economia que internacionalmente poderia unir os povos para nos darem guerra que agora temos que pagar com contributos para a indústria militar, carestia de vida e restando uma sociedade a ser determinada cada vez mais pelas bordas dado o centro ter perdido o sentido de Estado e da vida deixando-se levar nas ondas do globalismo...

Nessa luta de concorrência, a Alemanha perdeu e com ela a Europa; elas com a Ucrânia foram sacrificadas devido à concorrência geopolítica entre USA e Rússia e devido ao servilismo da União Europeia (1) . Em 2024 também a comercialização do gás do Catar, segundo especialistas internacionais, terá coroado a rebeldia na Síria (também ela cavalo troiano da Geopolítica)...

Agora que a Síria se encontra em leilão já o Ocidente se sente feliz colaborando até com aqueles que antes considerava terroristas. Tanto na Síria como na Ucrânia o povo sofre e é sacrificado não por interesses próprios, mas para satisfazer a economia e o comércio das potências geopolíticas. Como sempre e já na guerra do Peloponeso o motor da guerra é o negócio. Lutava-se então também pelo domínio das vias de transporte de mercadorias...

Para os EUA-EU-Ucrânia é de esperar o mesmo fim que teve Esparta que entrou em colapso lento uma vez finda a guerra (sem que digerisse a sua humilhação guerreira!) e para a Rússia o reforçar do agrupamento dos países BRICS e não alinhados. O resultado previsto será um mundo para já bipolar a nível de geopolítica e os países troianos dela (Ucrânia e Síria) serão parcelados em benefício da geopolítica e em benefício da Turquia e de Israel. O trágico para a Europa é que a União Europeia não pensa em termos estratégicos europeus, mas em termos de uma elite oligárquica servil sediada em Bruxelas.

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo e nota em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9705

 

 

 

UM 2025 FELIZ

 

Num cartaz de Boas Festas lê-se: “Não é 2025 que tem que ser diferente;  é você!”

TAREFA DIFÍCIL

porque somos feitos de nós mesmos e das circunstâncias que nos acompanham e por vezes perdemo-nos nelas. Esforçar-me-ei por manter a boa vontade e ser benévolo perante a vida e o que ela me trouxer!

Noto, porém, que a vida acontece para lá de imagens literárias e de propósitos humanos. Porém a boa vontade de todos nós poderá ajudar-nos a ter pelo menos um sentimento de sintonia e de solidariedade que nos ajudará a melhor viver o 2025 com um sentimento de gratidão.

Obrigado a todos vós que passastes por mim e me ajudaram a sentir-me bem no meio de vocês.

Um Feliz Ano Novo com muitos momentos felizes a acompanhar-nos!

António da Cunha Duarte Justo

 

Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9708

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