Quarta-feira, 18 de julho de 2007 - 07h40
* Por: Altair Santos (Tatá)
Há muito se foi, a calmaria da outrora pacata cidade porto, a qual continuamos amando fervorosamente. Por ela nos levantamos em reclame por melhores dias ou, menos barulhentos e emaranhados intervalos de 24 de horas. O progresso chegou e, com ele, os caramujos do desassossego que grudaram ao casco do navio, ou amucegaram o caminhão na trajetória de crescimento. Assim como nos grandes centros, sofremos das mesmas mazelas e, o que é pior, da mesma falta de carinho, respeito e amor de certos indivíduos, pela cidade e os que nela vivem.
Dias atrás, uma bela senhora, pela porta do seu carro, atirou para o lado a bituca do seu cigarro que, justamente caiu no meu colo (de certo o seu cinzeiro, no carro ao lado). Aquela Lady da nicotina, Diva da falta de educação nem se apercebeu, ou mesmo se deu conta do irresponsável ato, afinal, pra ela, fumar, lançar fumaça ao vento, jogar brasa pra qualquer lado, só pode ser próprio de sua índole e conduta diária.
Aqui também, a cidadania está acuada, medrosa. Já vai longe, o tempo em que o manto de silêncio que envolvia a cidade era rompido, em alta noite, ou fora de hora como se dizia, desfazendo candidamente, a quietude quase absoluta e reinante. Duma ponta de calçada, quase sempre um boteco, vez por outra, o flangente violão do Jorge Andrade se associava ao seu cantar melodioso cheio de vibrato, para, entrecortar o ar, viajar na sinuosidade das esquinas, saltar muros e cercados, varar janelas e se alojar nalgumas residências em certos bairros da capital, como Caiari, Triângulo, Areal, Santa Bárbara, Mocambo e outros.
Noutro ponto, do centro histórico, um possante Willis, tendo ao volante o Sabá Reskye, fazia ecoar aquela buzina grave, charmosa, sem o efeito ridículo das sonoras que, hoje, retinem sons afrescalhados que vem dos carros rebaixados e cheios de tric trics, geralmente pilotados por alguns garotões endinheirados e senhores das manobras e loucuras que arriscam a si e aos outros. Postos de gasolina, frentes de clubes e boates, estrada do aeroporto, são alguns pontos nevrálgicos da cidade onde, a insensatez rola solta, a ignorância impera absoluta e o desrespeito à cidadania desfila impune.
Os autores dessas proezas são verdadeiros insensíveis urbanos que ocupam a cidade e dela, se utilizam, como palco de exibicionismo para suas arrogâncias, falta de educação, enfim... Não queríamos hoje, Porto Velho com aquela apatia provinciana. Tal modelo, não combinaria com o vapor festivo que emana da incontida vontade de seus habitantes. Agora daí, ocupar a cidade e seus espaços na desconstrução do direito e do acesso alheio é, mesmo, querer chamar pra briga.
Tente acessar ao aeroporto Jorge Teixeira, numa tarde/noite de domingo. É dose pra leão! Lá está parte de uma juventude que não vive só de estudar, mas que também merece lazer, descontração. Não é errado ter carro com som turbinado, calçar o tênis mais caro... Porém se apossar de bens e valores, intitular-se acima do bem e do mal, agindo com nocivos atos de desequilíbrio e irresponsabilidade social é agredir com aval da impunidade e da deseducação os legados da cidadania. No entanto, esses jovens não estão a sós, no cordão dos insensíveis. (mais insensíveis urbanos na edição de 3ª feira)
*o autor é músico.
tata.anjos@bol.com.br
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