Quinta-feira, 10 de março de 2011 - 10h01
Por Filipe Jéferson
Ontem recebi uma noticia que não quis acreditar, ou melhor, não quero acreditar e está sendo difícil assimilar tal perda, Paulo Queiroz havia sido encontrado morto, Paulo fazia parte do grupo dos homens bons, daqueles que dava gosto de estar perto, era calmo, sensato e inteligente, dono de uma escrita incrível e de um senso critico mais incrível ainda, pai do meu amigo Paulo Henrique, tio Paulo como carinhosamente eu o chamava, tinha o dom de contar os causos e as melhores histórias que eu já ouvi, sempre com personagens da nossa querida Paraíba. Morreu aquele que pra mim era um espelho, um baluarte, um símbolo do jornalismo verdade, critico e independente, não era apegado a nenhum grupo político e diante disso tinha independência para falar a verdade e criticar aquilo que deveria ser criticado. Nunca pediu voto a ninguém, mais também não pedia favores, eu o considerava um professor, não de jornalismo, por que não sou jornalista, mais um professor de vida, seus conselhos eram memoráveis, sua história de vida um filme a ser visto várias vezes, ele era o exemplo de que era melhor passar fome honestamente do que comer um banquete com dinheiro roubado, não se vendia jamais e dizia sempre a verdade.
O vicio to álcool jamais tirou o seu brilhantismo, talvez dava mais sensatez e senso critico, eu costumava dizer que tio Paulo era como o Ronaldo Cunha Lima, um político da nossa terra que sempre que tomava umas fazia versos, poesias e sempre que tinha chance criticava seu próprio governo. Tio Paulo me incentivou a escrever, ele lia meus textos corrigia e sempre acrescentava algo, era bom estar ao seu lado, quando eu o encontrava na universidade federal, eu me sentia perto talvez de um discípulo direto de Platão ou Sócrates, o seu senso era iluminador, talvez por ser um iluminista moderno, por representar na atualidade as idéias de Montesquieu ou Voltaire, tio Paulo vai deixar saudades, assim como Manelão e Dr. José Carlos Silva de Lima (seu amigo de longa data que morrera em 2009), vai ser difícil abrir o jornal e não poder ler seus textos, vai ser difícil andar pela universidade federal e não encontrar aquela pessoa que tinha sua marca própria em andar de camisa de mangas compridas, calças jeans surradas e chinelas havaianas que quando questionado dizia que era o modo de o matuto se vestir no sertão paraibano.
Não sei se terei coragem de ver o grande tio Paulo depois de ter feito a sua passagem para o outro plano, talvez eu vá apenas para dar um forte abraço ao meu amigo de infância Paulo Henrique e a Tia Dora, não será fácil a partir de hoje lembrar que meu espelho quebrou, que já não terei mais em que olhar e lembrar na hora de tecer meus textos e criticas, sai de cena o homem, pai, honesto, honrado, digno, critico, apolítico e entra o mito a ser estudado e lembrado por todos de bem que militam no jornalismo rondoniense. O homem que saiu da pequena Pombal na Paraíba para entrar na história de Rondônia, que aqui constituiu família e todas as riquezas de sua vida como seu trabalho e seus amigos e que sem dúvidas será um objeto de estudo e acima de tudo de referência para os próximos que virão.
Ao amigo Paulo Henrique e sua mãe tia Dora, deixo meu abraço carinhoso e fraterno, a dor de vocês é a minha dor e de minha família, minha mãe chora como se tivesse perdido um irmão, o problema era que eles eram irmãos da mesma terra e vieram naqueles tempos onde aqui só viviam destemidos pioneiros. Ao José Carlos Sá, digo para não chorar tanto, pois existe um ditado que diz os bons morrem cedo por que Deus precisa deles e ele de onde estiver estará nos iluminando e protegendo. Aos outros amigos de tio Paulo digo e peço para continuarmos em frente não deixar a sua luta acabar e acima de tudo dar continuidade no seu legado, lutando por um Estado e País melhor, usando a arma que nos foi dada a palavra e dom de escrever.
Os três tempos não acabaram apenas vão se escritos em outro plano, e o que me conforma e saber que eu tive a oportunidade, o prazer e o privilégio de ter estado tão perto de um ser como tio Paulo, que dentro do meu interior representava o ídolo, o ícone e o caminho a ser seguido.
As lagrimas me acompanharam nesse texto, nesse tributo, mais foi ele quem me ensinou que para se escrever tem que ter sentimentos e transformá-los em letras, palavras, versos ou estrofes, mais sempre externar como objetos de leitura para o mundo.
Vá com Deus tio, que aqui nós ficamos com ele.
Filipe Jéferson Guedes Aragão.
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