Terça-feira, 6 de junho de 2017 - 06h15
Professor Nazareno*
O atual presidente do Brasil, Michel Temer, tem apenas 3% de popularidade segundo recente pesquisa divulgada na mídia. Pior: segundo essas mesmas pesquisas ele conseguiu a proeza de unir o Brasil inteiro contra a sua própria pessoa. É um número muito baixo, claro, mas mesmo assim se eu fosse o mandatário brasileiro continuaria teimando em não deixar de jeito nenhum a Presidência da República. Só sairia à força, como ele mesmo já admitiu, ou então por meio de um golpe de Estado. Igual ao que ele e seus amigos reacionários deram na Dilma Rousseff e no PT em abril de 2016. E o motivo é simples: com um povo xucro e chinfrim que tem em nosso país, “sua excelência” está de bom tamanho para governar essa gentinha. O ditado popular não diz que cada povo tem o governo que merece? Então o Brasil merece o governo que aí está.
Todo mundo sabe que este medíocre governo “está mais sujo do que pau de galinheiro”. Há entre os mais variados setores da vida pública nacional a certeza de que o seu governo foi um fantoche criado apenas para livrar muitos de seus integrantes da cadeia por causa da Operação Lava Jato. Muito pior do que isso foram as delações comprometedoras de Joesley Batista da JBS. Michel Temer está na linha de tiro e pode ser cassado por várias razões. As pressões não param. Só os pedidos de impeachment já ultrapassam uma dúzia. Todos, óbvio, já devidamente engavetados por Rodrigo Maia, seu amiguinho e presidente da Câmara dos Deputados. Ainda assim, Temer insiste em não abandonar a cadeira de presidente da República. Muitos alegam que as recentes conquistas na economia podem ser perdidas com a sua iminente e abrupta saída.
Além do mais, se ele cair, é o Congresso Nacional que fará a escolha do próximo mandatário. Isso mesmo: a eleição será indireta e serão os senhores deputados federais e os senadores que dirão ao país quem será o sucessor de Michel Temer. A nossa Constituição prevê eleições indiretas neste caso. Pedir e clamar por eleições diretas agora é passar por cima da lei maior do país. Pior: mesmo que fosse um pleito direto, já está mais do que provado que o eleitor brasileiro de um modo geral não sabe votar nem sabe escolher bem os seus representantes. Basta olhar o perfil da maioria de nossos políticos. Em Porto velho, por exemplo, escolhemos para prefeito um cidadão que disse “reconhecer um bandido com apenas dois minutos de conversa”. Mais de 150 mil porto-velhenses caíram na lorota politiqueira. E amar, beijar e acariciar a podre cidade?
Somos despolitizados e simplórios, infelizmente, e por isso pagamos uma conta muito alta por causa de nossas péssimas escolhas. Entra ano e sai ano e o que se veem são autoridades cada vez mais incompetentes, dissimuladas, mentirosas e corruptas nos governando. Raríssimos são os políticos escolhidos por nós que governam de fato para o bem da sociedade. Assim, Michel Temer é um castigo merecido para um povo que insiste em não fazer corretamente as suas escolhas políticas. Eleição direta para quê? Foram essas eleições que colocaram Dilma, Lula, Aécio, Eduardo Cunha, Zé Dirceu e o próprio Temer no poder. Engana-se quem pensa que esse tipo de eleição fará jorrar mel e leite das ruas. Por isso, continue com suas reformas demoníacas, senhor presidente! Ética para isso o senhor não tem, mas quem tem ética neste país de semianalfabetos? Não saia! A sua popularidade ainda não chegou a zero. E se chegar, quem vai reclamar?
*É Professor em Porto Velho.
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