Quarta-feira, 11 de julho de 2018 - 09h36
O Brasil perdeu mais uma vez a Copa do Mundo de futebol. Este fato totalmente previsível entristeceu muito os torcedores do país. Não entendi o porquê, embora admita que não haja cena mais hilária, risível, gostosa e “comovente” a de ver torcedores chorando e se lamentando por uma coisa tão tola e banal. Perder uma competição internacional de um esporte apenas é fichinha diante das derrotas diárias a que esta nação é submetida. Ri muito dos simplórios chorões, mas não consigo ter a mesma alegria e felicidade quando vejo a realidade do nosso país nos aspectos políticos, sociais e econômicos. Coisas, aliás, que deveriam fazer chorar de verdade todos os torcedores. Se não chorar, pelo menos deviam corar de vergonha. O Brasil é há mais de 40 anos uma das dez maiores potências econômicas do mundo e tem a quinta maior população.
Mesmo com estes números invejosos, não conseguimos fazer um único gol quando o assunto é corrupção. Somos um dos Estados mais desonestos do mundo. Acredita-se que em torno de 200 bilhões de reais sejam desviados todos os anos nas esferas governamentais. A corrupção é endêmica e envolve governantes, políticos, autoridades, profissionais liberais e até cidadãos comuns. Aqui se arrecada uma das mais altas taxas de impostos do mundo. Aproximadamente 40 por cento de tudo o que se produz, vai para os cofres públicos em forma de tributos e praticamente nada é devolvido em benefícios. Temos talvez os piores serviços públicos entre as nações emergentes. A educação é certamente uma das piores. Aqui o turno das escolas não é integral e muitos alunos que saem do Ensino Médio não sabem fazer um texto simples.
E essa tragédia acontece depois de frequentar por doze anos um estabelecimento de ensino. Nunca ganhamos um Prêmio Nobel. Nunca nos destacamos em nada. Nossas bolas nem na trave batem quando o assunto é educação de qualidade. Se levamos cartão vermelho em corrupção e em educação, somos expulsos também quando o assunto é desigualdade social. O Brasil tem hoje mais de 15 milhões de miseráveis. Como pode haver fome no segundo maior produtor de alimentos do mundo? Como pode o país que tem as maiores porções de terras agricultáveis apresentar problemas nesta área? Uma vergonha. As periferias de todas as cidades atestam esta irracionalidade. Tudo por aqui é feito sob medida para pobres e para ricos. Em desigualdade social ainda nem entramos em campo e por isso não poderíamos participar de uma única Copa do Mundo sequer.
A quarta das pragas que se abate sobre nós é a violência urbana. Entre vítimas de trânsito e assassinatos comuns, contabilizamos cerca de 110 mil mortos ao ano. Nenhuma nação em guerra registra tamanha barbaridade. Como sair às ruas gritando de alegria a cada vitória da seleção, se temos estes números preocupantes? Uma sociedade extremamente violenta como a nossa não deveria participar de nenhuma competição internacional. Também não temos mobilidade urbana decente e nem meios civilizados de locomoção dentro das nossas cidades. A produção do campo apodrece, portos e aeroportos estão entre os piores do mundo. E como se tudo isso não bastasse, nossa sociedade é de um modo geral atrasada e incivilizada. Vivemos em muitos aspectos uma realidade antes da Idade Média. Direitos humanos por aqui é chacota e o desrespeito constante às minorias completa nossa insensatez. Somos hexa só em caos e desgraças.
Na passagem da democracia partidária para a oligarquia liberal (democracia autoritária)
Poder económico e Poder político em Promiscuidade clara Estamos no início de uma nova era moldada pelas tecnologias virtuais e pela Inteligência A
Lua de mel do prefeito Léo com a Câmara Municipal logo chegará ao fim
No começo, tudo são flores. Com o passar do tempo, elas murcham, perdem o vigor e acabam morrendo. Assim pode ser entendido o relacionamento entre o
Iniciamos o ano 2025 com as esperanças murchas porque na qualidade de cidadãos e de povos nos encontramos envolvidos num dilema político-económico q
Prefeito Léo acertou na escolha para a Controladoria Geral
Léo Moraes assumiu no dia 1º de janeiro os destinos do município de Porto Velho, em uma solenidade bastante concorrida, que aconteceu no Complexo da