Segunda-feira, 21 de setembro de 2020 - 11h22
A pandemia de Covid-19 mostrou de maneira clara e sem filtro as
inúmeras mazelas da sociedade. No Brasil, muitos morreram, milhares ficaram
doentes e tantos outros perderam seus empregos. Além disso, aqueles que já
estavam doentes, ficaram sem poder se tratar adequadamente ou não puderam fazer
exames de rotina.
Por
exemplo, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Patologia e de Cirurgia
Oncológica, ao menos 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com
câncer. Outros tantos pacientes, já com o tumor detectado, precisaram ter seus
tratamentos suspensos. Cerca de 70% das cirurgias desse tipo de paciente,
tiveram de ser adiadas.
Esses
dados são resultantes dos cancelamentos ou remarcações de procedimentos
considerados não urgentes, como, por exemplo, consultas e exames. Além disso,
muitas pessoas ficaram com medo de consultar um médio ou buscar um hospital
pelo receio da contaminação. Instituições importantes viram a queda de
atendimentos durante o período, como o Instituto do Câncer do Estado de São
Paulo (Icesp).
Mas
será que haverá outras remarcações? Dará tempo de resistir até lá? São questões
que quem está com câncer se pergunta o tempo todo. Por exemplo, tive uma
consulta que seria em dezembro, mas que foi remarcada. Ela seria importante,
pois determinaria a mudança da hormoterapia, que funciona como uma
quimioterapia oral que realizo todo dia, mas que tem tido baixa eficácia. Até
quando vou precisar esperar? E outros pacientes na mesma situação, como ficam?
Para
piorar a situação de inúmeros pacientes, devido ao medo do contágio do novo
coronavírus, há médicos que preferem não tocar em pacientes quando fazem exames
nesse período. Porém, isso é fundamental, já que precisam tocar na mama, na
axila e outros pontos para identificar possíveis linfonodos (são gânglios
linfáticos, que permitem a possível identificação ou piora da doença).
É
preciso ressaltar a séria preocupação com o Covid-19, no entanto, o câncer
nunca estará em quarentena. Pelo contrário, a doença nunca espera. Quem está em
acompanhamento, necessitando de exames de rotina para o rastreamento do câncer,
que precisa fazer consulta de seis em seis meses, acaba entrando nessa
estatística, ora pelas consultas remarcadas ora pelo próprio medo do
coronavírus.
Não
podemos reclamar o tempo todo da pandemia. Vale ressaltar que muitos problemas
do sistema de saúde não são de agora. O que era deficiente só ficou pior com o
aumento do contágio do novo coronavírus. Os pacientes não podem ficar de lado.
Como já disse e reforço, o câncer não espera.
(*)
Contabilista, paciente que luta contra o câncer e fundadora do Grupo Unidas
para Sempre, que tem como objetivo dar suporte e apoio ao paciente com câncer e
outras patologias.
Lua de mel do prefeito Léo com a Câmara Municipal logo chegará ao fim
No começo, tudo são flores. Com o passar do tempo, elas murcham, perdem o vigor e acabam morrendo. Assim pode ser entendido o relacionamento entre o
Iniciamos o ano 2025 com as esperanças murchas porque na qualidade de cidadãos e de povos nos encontramos envolvidos num dilema político-económico q
Prefeito Léo acertou na escolha para a Controladoria Geral
Léo Moraes assumiu no dia 1º de janeiro os destinos do município de Porto Velho, em uma solenidade bastante concorrida, que aconteceu no Complexo da
Igualitarismo ou igualdade rasteira: uma ilusão que parece justa, mas não é
Imagine-se que o mundo (a sociedade) é como um campo com muitas plantas diferentes: umas altas, outras rasteiras, algumas com frutos, outras com