Sábado, 24 de novembro de 2007 - 13h08
O cidadão age, enquanto o eleitor limita-se a votar, cobrar e reclamar
Em 2008 ocorrerão novas eleições municipais. Como de costume, milhares de reais serão gastos nas desnecessárias campanhas eleitorais através de panfletos, adesivos, camisetas, bonés, chaveiros, cartazes, comícios, rojões... Independentemente de quem será eleito, já podemos afirmar de antemão que, no dia seguinte à posse do candidato vencedor, a oposição começará a criticar a gestão dele. E “oposição” serão todos os demais habitantes que não forem eleitos, já que é característico do brasileiro limitar-se a reclamar, em vez de propor algo construtivo e intervir para melhorar o que entendemos estar errado. Preferimos, acomodados, refletir sobre o poder público como se ele fosse um elemento externo a cada um de nós, que existe somente nos políticos que ocupam cargos públicos. Sob essa perspectiva, a única atribuição cívica do eleitor, além de votar, resume-se a cobrar ações efetivas dos seus representantes. Entretanto, cobranças e reclamações não constroem nada de útil nem de belo. Necessitamos, cada um de nós, exercer o nosso próprio cargo público: o de cidadão. E ser cidadão significa sentir-se Prefeito, Vereador, Secretário de Educação, de Meio-Ambiente, de Obras, de Planejamento, de Desenvolvimento Social... para assim pensar e agir como se fôssemos os responsáveis pela gestão do nosso município.
Atualmente os partidos políticos não mais mantêm vínculos ativos com ideologias, e representam apenas siglas desprovidas de significado estampadas em panfletos e adesivos, com um número colorido ao lado. Caso contrário, os políticos-eleitoreiros que trocam de partido a cada eleição trocariam também de personalidade, pois teoricamente cada partido possui seus próprios valores éticos correspondentes à determinada corrente ideológica. Frente a esse contexto, poderíamos constituir uma única coligação política formada por todos os partidos e cidadãos efetivamente interessados no bem do nosso município, para disputar esta próxima eleição. Desse modo evitaríamos os gastos excessivos e desnecessários com as campanhas eleitorais, e reverteríamos tal dinheiro em ações que resultem em algo realmente benéfico à população.
O jornalista da TV Cultura, Heródoto Barbeiro, opina que as bibliotecas são pilares fundamentais na construção de uma nova forma de cidadania pertinente ao mundo em que hoje vivemos. Para Heródoto, as bibliotecas não podem significar meros depósitos de livros mas, sim, devem ser centros culturais dinâmicos que relacionem literatura com cinema, música, teatro e demais formas de expressão artística. Precisamos transformar as bibliotecas em espaços de discussão dos assuntos públicos, onde os interesses orgânicos do povo tenham voz ativa: questões ambientais, culturais, esportivas, industriais e outras mais referentes ao cotidiano do nosso município, seriam mais belamente trabalhadas caso fossem abordadas espontaneamente nessa biblioteca-centro-cultural, aos finais de semana, por todos os interessados pelo bem comum, como ocorria nos tempos do início da democracia, na Grécia Antiga.
Deveríamos nos preocupar em planejar políticas, e não eventos. Eventos são instantâneos e resultam em insignificantes anais e relatórios. Nada além de palavras bem-intencionadas é construído em congressos e simpósios, nos quais não estão programadas ações subseqüentes. Partindo do pressuposto de que ações valem mais do que palavras, uma ação que enriqueceria a nossa produção cultural é a criação de concursos periódicos de fotografia de temática histórica, ambiental, social... patrocinados pelas próprias lojas de produtos fotográficos regionais, que lucrariam com esse marketing. Particularmente eu não considero a competição uma forma saudável de relacionamento humano, mas creio que o estímulo à produção cultural não nos acarretaria malefício nenhum, assim como também concursos literários cuja premiação poderia ser a publicação das obras vencedoras, concursos de artes plásticas, de música, de culinária...
Fonte: Fernando Ernesto Baggio Di Sopra - Estudante de Geografia na UFRGS (Núcleo de Pesquisas Arqueológicas - Geografia na UFRGS)
Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados
O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se
Zumbi dos Palmares: a farsa negra
Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image
Imagino quão não deve estar sendo difícil para o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) levar adiante seu desejo de não somente mudar a paisagem urban
Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a part