Sexta-feira, 8 de abril de 2022 - 21h01
É comum, durante as campanhas
eleitorais, principalmente para os cargos de governador, senador, deputados
federal e estadual, ouvir rumores de que órgãos importantes à manutenção de
serviços essenciais à população passariam a viver sob a pressão do pleito
eleitoral. Trocando em miúdo, os serviços seriam usados como objetos de troca.
Assim, o que já é precário, acaba ficando pior.
Estamos em pleno ano eleitoral.
Daqui a seis meses, os eleitores retornarão às urnas para o cumprimento do
dever cívico. É preciso que as autoridades ampliem a vigilância para evitar que
o ritmo eleitoral não invada ainda mais a administração pública. É um dever
fazer isso.
Insisto, porém, que isso não passa
de mera especulação. Não se está afirmando absolutamente nada, apesar de muita
gente achar que continua em ação a velha prática de oferecer facilidades
momentâneas em setores que recebem maior pressão por parte dos populares. Em
geral, os serviços relacionados à área da saúde seriam, digamos assim, os mais
“ofertados”, como se fossem concessão de benefícios particulares.
Gratifica saber, portanto, que, a
cada eleição, os órgãos de fiscalização mantêm um plantão para receber
denúncias dos eleitores, o que é algo extremamente positivo em meio ao quadro
que se desenha. As tentativas de manipulação das pessoas em troca de votos são
frequentemente denunciadas. E os órgãos que têm a tarefa de defender os
interesses da população precisam continuar atuando de forma determinada,
criando barreiras muito mais fortes para impedir que os eventuais compradores
de votos logrem o êxito desejado.
Os serviços públicos, como o
próprio nome já diz, são públicos, e não particulares. Por isso, não podem ser
tratados como reféns de uns poucos e transformados em moeda de troca. Embora
haja quem diga que essa tem sido uma prática comum, em contrapartida, cresce o
número de eleitores que não só vem dizendo um não a essa modalidade de crime,
como também denunciando a sua existência.
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