Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

O perigo de misturar política com religião


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Considero perigoso a ideia de misturar religião com política. A política, como nós sabemos, é um campo minado, onde predominam inveja, discórdia, traição e, principalmente, corrupção, coisas que vão na contramão do que prega a palavra de Deus, cuja essência é o amor, a misericórdia, a caridade e o respeito ao próximo.

De tempos a este, políticos e líderes religiosos, cada vez mais preocupados com seus interesses, com as devidas exceções, insistem em misturar as coisas de Deus com as coisas do mundo e, quando isso acontece, o resultado é sempre desastro. A história mundial está repleta de exemplos do que aconteceu quando esses dois universos se juntaram.

Tenho respeito e admiração pelo segmento evangélico, em cujo terreno construí amizades sinceras. Só discordo quando algumas denominações resolvem mistura religião com política, cedendo, inclusive, seus púlpitos, que é um local sagrado, reservado para pregação da palavra de Deus, para serem usados por políticos demagogos e bravateiros.

O pastor da Igreja Assembleia de Deus Vencer em Cristo, Silas Malafaia, é uma pessoa muito importante e reconhecida na sua área de trabalho. Ele foi um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro. Chegou a comprar briga com quase todo mundo por causa do ex-presidente. Dias atrás, Malafaia deixou políticos e religiosos boquiabertos, ao fazer severas críticas ao ex-comandante do Brasil, chamando-o de ‘covarde e omisso’ por causa do seu papel nas eleições de São Paulo. Na prática, Malafaia queria uma atuação mais efetiva de Bolsonaro na campanha de Ricardo Nunes, o que não aconteceu.

Estudiosos do comportamento humano garantem que a conduta de Malafaia apenas revela seus próprios interesses, típico de alguém que quer ser protagonista. Independentemente dos motivos que levaram Malafaia a partir em tropelia contra alguém cujo projeto político ele abraçou abertamente, inclusive participando de manifestações pró-Bolsonaro, seu gesto causou uma péssima impressão, sobretudo porque isso acaba maculado a obra do Reino, que não tem nada que ver com as obras da carne na qual a política está inserida. 

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image

A difícil tarefa de Léo

A difícil tarefa de Léo

Imagino quão não deve estar sendo difícil para o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) levar adiante seu desejo de não somente mudar a paisagem urban

A faca no pescoço

A faca no pescoço

Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a part

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)