Terça-feira, 7 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

O petróleo nunca foi nosso


O petróleo nunca foi nosso - Gente de Opinião

De alguns economistas respeitados tenho ouvido afirmações de que a redução estatal na economia constitui uma necessidade, imposta pelas condições prevalecentes no mundo de hoje. Quando o assunto é Petrobrás, a grande maioria reconhece a imperiosa e urgente necessidade de o governo entregar o comando da estadual à iniciativa privada, apesar de algumas vozes discordantes e minguantes, reduzidas a grupos ideológicos empedernidos, incapazes de se libertarem de seus mitos e preconceitos, insistirem na tese estapafúrdia de que o Estado é o grande Leviatã, uma espécie de pai de todos.

Atualmente, ninguém que pretenda ser levado a sério debate mais se a privatização é necessária, mas apenas o que e como proceder. É claro que as coisas precisam ser feitas com transparência e seriedade, e não de maneira atabalhoada, sem nenhum critério, de qualquer jeito. É isso que precisa ser discutido. Não é justo, porém, entregar o patrimônio público a preço de banana podre. Aliás, no Brasil, com as devidas exceções, o patrimônio público deixou de pertencer à coletividade, administrado zelosamente em benefício de todos, para transformar-se numa coisa sem dono, onde todo mundo mete a mão, a casa da mãe Joana, malversada em proveito de políticos corruptos, em conluio com burocratas e empresários desonestos.

Há muito tempo, no Brasil, o aparelho estatal deixou de ser regido pelos princípios da legalidade e da moralidade pública, essenciais na correta aplicação dos recursos, sem os quais estão abertos os caminhos para o espraiamento de todo tipo de bandalheira e desperdício. Muita gente provavelmente não se recorda, mas, há vinte anos, ter uma linha de telefone era artigo de luxo, somente acessível a uns poucos. Com a privatização da telefonia brasileira, hoje, são milhões de brasileiros, que têm linhas fixas e móveis. Esse negócio de que o petróleo é nosso faz parte de um movimento nacionalista que teve sua origem nos idos dos anos quarenta, devidamente sepultado pelo tempo.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 7 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Lua de mel do prefeito Léo com a Câmara Municipal logo chegará ao fim

Lua de mel do prefeito Léo com a Câmara Municipal logo chegará ao fim

No começo, tudo são flores. Com o passar do tempo, elas murcham, perdem o vigor e acabam morrendo. Assim pode ser entendido o relacionamento entre o

Situação da Europa em 2025

Situação da Europa em 2025

Iniciamos o ano 2025 com as esperanças murchas porque na qualidade de cidadãos e de povos nos encontramos envolvidos num dilema político-económico q

Prefeito Léo acertou na escolha para a Controladoria Geral

Prefeito Léo acertou na escolha para a Controladoria Geral

Léo Moraes assumiu no dia 1º de janeiro os destinos do município de Porto Velho, em uma solenidade bastante concorrida, que aconteceu no Complexo da

Igualitarismo ou igualdade rasteira: uma ilusão que parece justa, mas não é

Igualitarismo ou igualdade rasteira: uma ilusão que parece justa, mas não é

Imagine-se que o mundo (a sociedade) é como um campo com muitas plantas diferentes: umas altas, outras rasteiras, algumas com frutos, outras com

Gente de Opinião Terça-feira, 7 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)