Quinta-feira, 13 de dezembro de 2018 - 06h10
Imagino Simon Bolívar
olhando a montanha de dinheiro para comprar um simples sabonete na Venezuela!!
No mínimo diria: fodeu-se! Fizeram tudo errado! O general venezuelano lutou
pela independência da Bolívia, Panamá, Colômbia, Peru, Equador e Colômbia. Em
memória aos seus ideais é que foi criado o termo "Bolivarianismo",
uma proposta ideológica que mistura pan-americanismo, republicanismo, marxismo,
socialismo, latino-americanismo e anticapitalismo! É ismo que não acaba mais!
Infelizmente a tradução objetiva desses ismos todos é o fracassionismo expresso
na foto, onde um sabonete só pode ser adquirido com uma pilha de dinheiro.
O vulcão
inflacionário de 1000.000% em doze meses carbonizou a moeda venezuelana,
transformando o "bolívar soberano" a pó pecuniário de valor
infinitesimal. Lá, com um salário mínimo compra-se apenas um frango congelado.
A migração está calculada em 2,300 milhões desde 2004. O país é um caos
democrático, social e econômico. Porque vão investir 06 bilhões de dólares no
país, os russos acabaram de chegar com seus aviões de guerra na terra de Hugo
Chavez! Do ponto de vista prático e econômico não estão errados, não. O
preposto de Trump, aquele a quem o capitão reformado e diplomado bateu
continência, esteve aqui para articular um ataque fulminante à pátria de
Nicolás Maduro. Com os russos na área, quem se atreve?? É a Rússia capitalista
salvando a economia da Venezuela socialista! Pode isso, Arnaldo? Pode! Neste
neocontexto pode!
O marxismo ortodoxo
(aquele que jurava por Deus e nossa Senhora que a teoria socialista era uma
ciência, e como tal estava apontando na direção histórica incontestável e que a
sociedade socialista superaria dialeticamente a sociedade capitalista e a
humanidade chegaria no redentor Comunismo) desabou junto com o Muro de Berlim e
o desmonte da União Soviética. No entanto, na América-Latina ficou um rescaldo
do esquerdismo à moda antiga, tendo a experiência cubana como referência.
Quando esse esquerdismo se mescla ao caudilhismo, ao personalismo e ao marxismo
requentado e defasado, dá num bolivarianismo tipo esse aí da Venezuela, que sem
dúvida sofre os efeitos das contradições geopolíticas regionais, onde os
Estados Unidos lideram uma frente reacionária de combate ao esquerdismo, ao
socialismo e até mesmo à simples proposta de social-democracia. De fato. O Tio
Sam sempre abriu fogo às propostas de sociedades justas e igualitárias na
América-Latina. Os EUA apoiaram todas as ditaduras militares na região,
inclusive a do Brasil, em 1964, que recebe apoio da chamada Operação Brother
Sam, uma força-tarefa composta por porta-aviões da marinha americana deslocada
do caribe para dar sustentação aos militares golpista, caso as coisas dessem
errado. Mas a República Boliviana de Evo Morales segue firme, singrando em mar
aberto rumo à realização dos seus projetos sociais! Mas a Nicarágua do
sandinista Daniel Ortega já começa a desandar!
Mas imputar unilateralmente
os Estados Unidos pelo fracasso do esquerdismo venezuelano ou brasileiro é de
um simplismo muito rasteiro! Seria como dizer que os Estados Unidos são o principal
responsável pela queda de Dilma Rousself, a má administração petista e a prisão
de Lula da Silva, ou a eleição do capitão fascista. A doença do esquerdismo de
que falava Lênin leva muitos militantes a essas concepções também doentias e
equivocadas, e até cômodas porque desonera a esquerda de fazer autocrítica
junto à sociedade. É muito fácil dizer que a culpa é da direita, do capital ou
dos burgueses. Difícil para a esquerda, especialmente a petista, é exercitar o
pensamento e avaliação autocrítica, procurando ver nos seus próprios atos
políticos, partidários e administrativo onde foi que errou e porque errou e com
quem errou. A declarações de Antônio Palocci, antes santo e agora diabo,
indicam com clareza o descaminho percorrido. Um cenário geopolítico é como um
tabuleiro de xadrez, onde cada pedra guarda relação direta ou indireta com as demais.
No entanto, como numa partida de xadrez, a vitória ou a derrota dependente
fundamentalmente do próprio jogador, e não necessariamente do adversário.
Apesar de deixar muitos saldos positivos, dos inegáveis e bem sucedidos
projetos sociais levados a cabo pelo governo Lula, a esquerda petista
fracassou, não se reciclou, não se reinventou, sucumbiu ao maquiavelismo, aos
conchavos e aos mecanismos de corrupção para obter a governabilidade. A direita
de Aécio Neves, Eduardo Cunha, Michel Temer e Bolsonaro aproveitou, forjou o
cenário e deu o golpe! A maioria dos 513 picaretas homologou a criminalização
política de Dilma, abrindo espaço para o período de caça às bruxas que desaguou
na prisão de Luís Inácio Lula da Silva, o maior líder político da América Latina,
que hoje está em cana.
Guardadas as devidas
diferenças, na Venezuela parece ter acontecido a mesma coisa. O esquerdismo
chavista também fracassou! A economia foi a bancarrota e a democracia entrou em
decadência por lá. As ferramentas sociológicas e filosóficas do marxismo não
viraram sucata! Mas precisam ser reutilizadas com criatividade, com uma
reelaboração capaz de produzir resultados eficientes, não necessariamente para
construir a sonhada sociedade comunista, descartada que está neste contexto onde
o capitalismo reina soberano e onde até mesmo nações comunistas como a China se
dão ao luxo de criar o Estado Comunista de economia capitalista. Cerca de 200
empresas operam em Cuba atualmente. Cuba está tentando se reinventar! Esses
dados da reengenharia ideológica, social e econômica do mundo, dentre muitos
outros, devem nortear a concepção de um plano de governo que mantenha os ideais
de justiça social, todavia com uma dinâmica política que leve conta as novas
contradições e situações do próprio reino do capitalismo, que já não pode ser
interpretado ortodoxamente como regime do Mal. O esquerdismo chavista, hoje
comandado por Nicolás Maduro, parece insistir nessa miopia, no exercício de um
esquerdismo da época da tomada de Cuba por Fidel Castro, o grande Che Guevara e
Camilo Sinfuego! Soy loco por ti América! - disse Caetano Veloso. Nós também
amamos a América Latina! Mas precisamos reinventar o socialismo, como disse
Roberto Freire do antigo Pcbão.
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