Sábado, 30 de janeiro de 2021 - 18h43
O VÍRUS TOCA A TODOS
Sim, ele toca a todos,
toca com todos e toca em todos.
Ainda hoje é o dia em que
reflito nas palavras de um político alemão que em 2019 disse estas palavras
incisivas em tempos de pandemia: "provavelmente teremos todos de nos
perdoar muito uns aos outros".
Fala-se muito sobre o
significado de regulamentos, sobre responsabilidade, justiça e injustiça,
renúncia e solidariedade.
Formam-se frontes em
famílias, amizades separaram-se; as opiniões endurecem de modo a haver
violência, mental e física.
Facto é que na
incapacidade de se possuir toda a informação não sabemos o que é certo ou
errado, porque muito só pode ser julgado em retrospectiva.
Cada um tem de decidir com
o melhor dos seus conhecimentos e consciência. Isso não é porém suficiente
atendendo aos próprios limites e fraquezas. Muitas vezes, quem mais se afirma e
impõe são os mais frouxos de caracter.
Um caminho que nos
serviria a todos, são as palavras de Jesus: "Sê misericordioso como o teu
pai é misericordioso"( Lucas 6:36).
O perdão é um momento
nobre da misericórdia.
Ao referir-me aqui à
misericórdia entendo-a como uma qualidade de carácter pela qual se entra
em sintonia com a própria precaridade e com a precaridade dos outros
(compaixão). Ao sentir a dor dos outros compreendo melhor a minha e sou levado
a solidarizar-me com os pobres, os oprimidos, aqueles que são marginalizados.
É um entrar em ressonância
com o todo sem se perder nele! A atitude de compaixão e misericórdia pode
conduzir-me a perceber melhor os meus semelhantes e a ter um coração
quente para eles.
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=
JÁ VAI SENDO TEMPO DE MUDAR-SE PARA SE PODER MUDAR
PORTUGAL
O problema mais grave é o
facto de todos estarmos comprometidos com os parlamentares que elegemos e com
os Governos que temos tido. Na controvérsia política o sistema consegue desviar
a atenção dos portugueses para canto e toda a gente é levada a olhar só para os
males do vizinho.
Os responsáveis do atual
sistema, em que a corrupção se tornou aceite, movem as forças da nação para o
ceguinho que tem apenas um deputado no parlamento como se esse fosse o problema
de Portugal!
Não se quer reconhecer que
o rei vai nu!
O sistema corporativista
português de grupos de interesse e de grandes famílias de amiguinhos chegou a
um ponto em que não é possível servir-se Portugal e os portugueses; trata-se
sobretudo de administrar a miséria e servir clientelas ideológicas e grupos
económicos que criem chances para as mesmas clientelas. Os interesses do povo
não contam.
Ao contrário do que se deu
na Alemanha onde depois da guerra as classes sociais se tornaram permeáveis,
em Portugal continuou-se na velha tradição da sociedade medieval: os grupos de
interesse, as famílias fortes permanecem cerrados em si mesmos não abrindo
entrada para uma nova geração de pessoas competentes.
Mais que apelarmos a votos seria óbvio que se apelasse a uma mudança de consciência e de atitude política. Se isso acontecesse, os sedentos do poder logo se orientariam por essa nova consciência.
Os que seriam capazes de
mudar o sistema estatal não estão interessados nisso porque desta forma se
aproveitam mais dele. A classe política em Portugal geriu mal e o país deveria
chamá-la à responsabilidade e levá-la a cumprir a sua pena para que o país não
continue a ser penalizado!
A classe política perdeu
grande parte do crédito porque abusou do poder que o povo lhe deu para se
servir a si própria.
O Problema não é Ventura,
um partido com um deputado, mas o medo dele que não deixa ouvir aquilo em que
ele terá razão. Este medo é parte do problema porque dá razão aos que
administraram mal o país!
Porque haver tanto medo de
uma extrema direita irrelevante e elevada a notícia pelos que se deveriam
penitenciar?! O povo pode, ocasionalmente, votar não por convicção, mas por
estratégia para que deste modo se erga no Parlamento não só as vozes dos que
nos conduziram à situação em que nos encontramos.
Em política não haverá um
bom caminho; há muitos caminhos possíveis e estes são sempre determinados por
quem tem mais poder!
Penso que a pandemia, por mais complexa que ela seja, é mais um bom pretexto para que o medo nos continue a disciplinar e a dominar e deste modo ajudar a manter o status quo!
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=
Recomendável:
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CONTRA A FRUSTRAÇÃO DA
PANDEMIA E OUTROS DESENCANTOS
Com o prolongar-se da
situação pandémica, passamos a questionar-nos mais sobre o sentido de muito que
se faz ou se tem feito.
Uma das estratégias que
uso, para não me sentir reduzido à própria inércia, é refugiar-me na escrita
como campo aberto; todos nós gravitamos em torno de algo embora mais ou menos
conscientes de que fazemos parte mais do que de um sistema (fazemos parte não
só do sistema solar de um universo que, por sua vez, faz parte do sistema
divino: a energia solar e divina encontram-se também reunidas sob a forma de
vida)! Na escrita sinto, por vezes, o calor que me dá alento para momentos
sombrios ou frios do sistema social.
Como encaro a vida com
espírito positivo, torna-se mais fácil observar situações que de uma
perspectiva pessimista levariam a um verdadeiro tormento.
Todos somos diferentes e,
como tal, torna-se importante uma elaboração equilibrada do próprio “orçamento”
psicológico, relacional e social.
O mundo e o que nos rodeia
serve enquanto se serve. Uma visão espiritual poderá ajudar-nos a sair desse
impasse desde que, também ela, não se torne apenas num circuito de serviço a si
mesmo.
Dado muitas das medidas
contra o vírus não encontrarem compreensão acabada, cada um, para não cair em
depressão terá de aprender a andar com os pés na terra que temos e a
recompensar-se a si mesmo.
Quando a esperança
diminui, aumenta a frustração. Como pessoas sociais que somos precisamos de
ligações e relações para nos mantermos física e psiquicamente saudáveis.
Para se não cair no trato
rotineiro dos poucos contactos habituais que nos é dado ter, seria de compensar
o distanciamento corporal com outros contactos sociais através de actividades
criativas ao alcance, online, etc. Confesso que embora pense assim não consigo,
muitas vezes, realizar aquilo que acho que seria bom para mim e para outros.
O optimismo ajuda a ver-se
no negativo também uma perspectiva positiva facilitando a iniciativa para se
poder tentar novas experiências onde se possa ter ou sentir sucesso.
Nós somos o encontro de
todas as energias e como tal núcleos de interacção e inter-relacionamento e,
como tal, não podemos ficar-nos apenas pelas energias ou forças de atracção ou
de repulsão!
Gratidão e agradecimento
pelas coisas pequenas do dia-a-dia ajudam-nos a abençoar a vida!
António da Cunha Duarte
Justo
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=
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