Sexta-feira, 21 de dezembro de 2018 - 10h47
O Brasil quer saber qual o segredo da OAB, aprovar a toque de
caixa, no Congresso Nacional, todos os Projetos de Leis do seu interesse
e arquivar os contrários?
Vejam Senhores o poder dessa guilda. Enquanto o sistema carcerário
brasileiro está em ruínas, com cerca de 726 mil presos, ou seja o Brasil possui
a terceira maior população carcerária do mundo, atrás dos EUA e China, duas
figuras pálidas do enlameado Congresso Nacional, totalmente alheios à realidade
nacional, ao invés acelerar a aprovação de Projetos de Leis dispondo sobre o
fim do trabalho análogo a de escravos, ou seja o fim da escravidão
contemporânea da OAB, objetivando a geração de emprego e renda,
pasme, apresentaram aos seus pares os perniciosos PLs: nº
8.347/2017 enº141/2015,(SN), com o intuito de aumentar ainda mais a
população carcerária deste país de aproveitadores e dos desempregados.
Pasme, pretendem tipificar penalmente a violação de direitos ou
prerrogativas do advogado e o exercício ilegal da advocacia,(...) colocar atrás
das grades cerca de 300 mil cativos qualificados pelo Estado (MEC), jogados ao
banimento sem direito ao trabalho. Não seria de melhor alvitre, abolir o
trabalho análogo a de escravos? Inserindo esses cativos no mercado de
trabalho, gerando emprego e renda, dando-lhes cidadania, dignidade, ao invés de
coloca-los atrás das grades?
Até o omisso Ministério da Educação - MEC curvou-se para OAB.
O Conselho Nacional da Educação preocupado em aumentar a arrecadação do
famigerado caça-níqueis exame da OAB, aprovou a Resolução nº 5
publicada no Diário Oficial da União de 19.12 que institui as
Diretrizes Curriculares Nacional do Curso de Graduação em Direito (...) aumentando
o número de disciplinas, incluindo (...) Direito Internacional, Direito
Processual, Direito Previdenciário, Formas Consensuais e Solução de
Conflitos, Direito Ambiental, Direito Eleitoral, Direito Esportivo,
Direitos Humanos, Direito Agrário, Direito Cibernético e Direito
Portuário (...).
A OAB está comemorando a inclusão dessas matérias na grade curricular,
para poder cobrar nos próximos exames e assim manter sua indecente
reserva de mercado, aumentar os índices de reprovação que já
ultrapassam os 80% (oitenta por cento), e claro, arrecadação.
A palavra advogado deriva do latim ad-vocatus. Segundo o dicionário
Aurélio, Advogado é o “Bacharel em direito legalmente habilitado a advogar, i.
E., a prestar assistência profissional a terceiros em assunto jurídico,
defendendo-lhes os interesses, ou como consultor, ou como procurador em juízo”.
Não é da alçada da OAB e de nenhum sindicato avaliar ninguém. Compete ao
poder público avaliar o ensino, conforme diz o art. 209 da Constituição Federal.
A Lei nº 10.861, de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior, o Sinaes, não possui nenhum dispositivo permitindo a
interferência das corporações no processo avaliativo, este da competência
exclusiva do MEC para as IES que integram o sistema federal de ensino.
Qualidade de ensino Senhores mercenários, se alcança com a melhoria das
Universidades, suas instalações, equipamentos, laboratórios, bibliotecas
modernas, parque de informática, valorização e capacitação dos seus professores,
inscritos nos quadros da OAB, e não com exame caça-níqueis, parque das
enganações, (armadilhas humanas). Vendem-se dificuldades para colher
facilidades.
O que deve ser feito é exame periódico durante o curso, efetuando as
correções necessárias na grade curricular e não esperar o aluno se formar
fazendo malabarismo, pagando altas mensalidades, sacrificando sua vida e vida
dos seus familiares, enfim investindo tempo e dinheiro, para depois dizerem que
ele não está capacitado para exercer a advocacia.
A verdade dói: OAB, não tem interesse em melhorar o ensino jurídico. Se
tivesse bastaria qualificar os professores inscritos em seus quadros. Recursos
financeiros não faltam. Qual o real destino dos quase R$ 1.0 Bilhão de
reais, tosquiados/ extorquidos dos bolsos e dos sacrifícios desses cativos ou
escravos contemporâneos da OAB?
Durante o lançamento do livro ‘Ilegalidade e inconstitucionalidade do
Exame de Ordem do corregedor do TRF da 5º Região, desembargador Vladimir Souza
Carvalho, afirmou que Exame de Ordem é um monstro criado pela OAB. Disse que
nem mesmo a OAB sabe do que ele se trata e que as provas, hoje, têm nível
semelhante às realizadas em concursos públicos para procuradores e juízes. “É
uma mentira que a aprovação de 10% dos estudantes mensure que o ensino jurídico
do país está ruim. Não é possível falar em didática com decoreba”, completou
Vladimir Carvalho.
Isso é Brasil criam-se dificuldades para colher facilidades. Mas a
escravidão moderna está com os dias contados. O Plenário do Egrégio Tribunal
de Contas da União -TCU, em respostas aos pleitos do Dr. Carlos
Schneider – Presidente da Associação Nacional dos Bacharéis do
Brasil (ANB) e do escritor e jurista Vasco Vasconcelos, decidiu
em sessão ordinária de 7/11/2018, por meio do Acórdão 2573/2018 que a Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) por força do art. 71, II da Constituição
Federal, submete-se à jurisdição daquela Corte de Contas. Ou seja OAB,
terá que prestar contas ao TCU, a exemplo dos demais Conselhos de
Fiscalização da Profissão. “Privilégios existem na Monarquia e não na
República”
Segundo o Egrégio Supremo Tribunal Federal – STF: “ A escravidão
moderna” é mais sutil do que a do século XIX e o cerceamento da liberdade pode
decorrer de diversos constrangimentos econômicos e não necessariamente
físicos. “Priva-se alguém de sua liberdade e de sua dignidade tratando-o
como coisa e não como pessoa humana, o que pode ser feito não só mediante
coação, mas também pela violação intensa e persistente de seus direitos básicos,
inclusive do direito ao trabalho digno. A violação do direito ao trabalho digno
impacta a capacidade da vítima de realizar escolhas segundo a sua livre
determinação. Isso também significa “reduzir alguém a condição análoga à de
escravo"
O Presidente da República eleito Jair Bolsonaro já deu sinais claro, que
logo no início do seu governo, irá banir do nosso ordenamento jurídico, a
escravidão moderna a excrescência do famigerado caça-níqueis exame a OAB e
inserir no mercado de trabalho cerca de quase 300 mil cativos ou escravos
contemporâneos da OAB, devidamente qualificados pelo omisso (MEC), jogados ao
banimento, sem direito ao primado do trabalho num verdadeiro desrespeito à
dignidade da pessoa humana.
O fim dessa excrescência, (exame da OAB), significa: mais emprego, mais
renda, mais cidadania e acima de tudo maior respeito à Declaração Universal dos
Direitos Humanos, um dos documentos básicos das Nações Unidas e foi assinado em
1948. Nela estão enumerados os direitos que todos os seres humanos possuem.
Está previsto Artigo XXIII -1 -Toda pessoa tem o direito ao trabalho, à livre
escolha de emprego, à justas e favoráveis condições de trabalho e à proteção
contra o desemprego. Os documentos que o Brasil é um dos signatários, impõem a
obrigação de tomar medidas para garantir o exercício do trabalho como meio de
prover a própria vida e a existência.
O fato da proliferação de cursos jurídicos de baixa qualidade, da
existência no país de cerca de 1500 faculdades de direito e falta de
fiscalização do MEC, não dão poder à OAB de usurpar prerrogativas
constitucionais do Estado (MEC). Não é porque lá fora a violência está
pipocando que a OAB, irá criar sua polícia.
Estou convencido que existem alternativas inteligentes e humanitárias:
tipo estágio supervisionado, residência jurídica, etc.
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas suas ovelhas.
O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertence as ovelhas, quando
vê que o lôbo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lôbo rouba e dispersa as
ovelhas. O mercenário, porém, foge porque é mercenário e não se importa com as
ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minha ovelhas e as minhas ovelhas me
conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida
pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco.
Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um
só pastor.” (JOÃO, Cap. 10 v. 11 – 16).
“Já não escravos. Mas irmãos. Menos muros mais pontes”. Papa
Francisco.
Vasco Vasconcelos, escritor, jurista e abolicionista
contemporâneo
Brasília-DF
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