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Operação ‘Termópilas’ e a reportagem do Fantástico


Operação ‘Termópilas’ e a reportagem do Fantástico  - Gente de Opinião
João Serra Cipriano

As velhas e maléficas praticas dos coronéis da política brasileira de usurpar o erário e continuar mandando, ser reeleito pelo “sufrágio popular” cada vez com mais votos, colocar cabrestos nos prefeitos do interior, tentar amordaçar a imprensa e as novas lideranças, tudo isso, são práticas antigas, são modos operantes republicano de séculos no Brasil da impunidade, de manipulação das “Instituições” com nomeações de ministros nas Supremas Cortes, por acertos políticos e partidários, excluindo os bons magistrados e seus talentos jurídicos.

As legendas partidárias passaram em alguns casos, a ser verdadeiras facções para governar, saquear o erário, nomear malandros em cargos de mando, tudo documentado pelas inúmeras “Operações e Inquéritos” em verdadeiras longas, mostradas e escancaradas nas maiores redes de TV´s e após algumas semanas, um a um sendo libertados, alguns vitimas do atual “Estado Policial do PT”, sem as devidas comprovações criminais e outros, os malandros de colarinho branco, esses sendo beneficiados por “alvarás e blindagens” vindas das Supremas Cortes em confronto direto as suas próprias comarcas judiciais e de seu aparato policial federal.

Agigantam-se exemplos de impunidade aos corruptos, aos ladrões do erário ou como queiram chamar agora, dos agentes políticos praticantes de apenas, os “malfeitos”. Sobram exemplos de injustiças contra a massa popular. Todos ficaram chocados com a reportagem feita agora pelo “Fantástico”, onde pessoas propõem grana viva (propina) para um suposto agente público (jornalista) liberar contratos de recursos oriundos dos ministérios da Saúde e educação. Todos os fornecedores falaram como funcionam no Brasil os esquemas de roubo do dinheiro público nas licitações. Não vejo o mesmo empenho e indignação nas reportagens feitas em 2010 e 2011 em que ficou enumerado também a participação de “graúdos” políticos e caciques da base aliada em desvios de quase 45 bilhões de reais e que levaram a queda de nada menos que 7 ministros da era LULA e DILMA-PT. Não sou eu, quem afirma tais desmando e sim, os inquéritos, as operações da PF, as auditorias feitas pelo TCU e Controladoria da União em uma amostra de pouco mais de 4 mil convênios e licitações num universo de 100 mil contratos e convênios realizados pela União nos últimos 9 anos.

Não vejo o mesmo empenho das autoridades federais e muito menos a mesma indignação dos Congressistas no caso ocorrido em pleno processo eleitoral de 2010, em que apareceram envelopes com dinheiro vivo dentro da Casa Civil, do governo federal, cuja suposta origem seria propina, de uma compra milionária do Ministério da Saúde em plena “epidemia” da gripe H1n1, lógico que a compra foi feita sem licitação e com as práticas de “carta convite” muito bem mostradas agora pela poderosa Rede Globo. Na qualidade de jornalista, pelo que sei tudo foi engavetado e sequer foi aberto inquérito investigativo palas nossas valorosas “Instituições”, que às vezes, agem conforme os interesses partidários e políticos, dando fortes indícios de que estamos vivendo em um “Regime Fascista” e num “Estado Policial”, literalmente.

A realidade nos municípios brasileiros em consequência desta onda de corrupção instalada no Brasil das lideranças de esquerda no poder, tem sido de miséria crescente, violência em grau de epidemia, educação de baixo nível, estradas federais de péssima qualidade, cidades abandonadas sem os serviços públicos adequados e de qualidade, além da insuportável epidemia das drogas, seja Crack e Cocaína, aliada a violência com arma de fogo.

Acredito que só com um novo “Pacto Federativo”, onde os municípios do interior do Brasil recebam a maior fatia dos repasses dos recursos arrecadados pelos impostos. Os Estados e a União devem ficar com percentuais cada vez menores, invertendo os valores sociais e políticos. É preciso tirar os prefeitos da eterna dependência dos convênios federais e estaduais e acima de tudo, tirar os prefeitos do pires nas mãos das emendas parlamentares. Caso contrário, certamente teremos que conviver com as atuais mazelas sociais crescentes e com novas mostras de roubo do erário e as seculares impunidades dos políticos.

As eleições municipais se anunciam nas manchetes dos principais meios de comunicação e podemos reparar que os grandes caciques políticos agem de forma leviana frente às atuais mazelas, falam em ganhar prefeituras, em eleger suas bancadas de vereadores como se não fossem responsáveis pelos grandes problemas sociais, como se não fossem responsáveis pela fiscalização do dinheiro gastos corruptamente na esfera federal. Tentam atrair lideranças locais prometendo financiamento de suas campanhas. O Brasil vive um perigoso momento de hipocrisia vinda das grandes lideranças partidárias que dominam as principais legendas e que estará a frente das grandes alianças visando dominar o sistema eleitoral e legitimar algumas das máfias, quadrilhas e usurpadores, cujo dinheiro já foi levado dos cofres públicos.

Pior ainda do que essas mazelas recorrentes no Brasil da impunidade são as institucionalizações das grandes bandeiras de igrejas e os seus pastores nos processos políticos, aliciando os seus rebanhos em votos de cabrestos, quase sempre em grupos políticos que legitimam tais praticas nocivas ao bem comum dos cidadãos brasileiros. Se continuar os esquemas partidários, sem continuar a onda de impunidade nas grandes maracutaias e corrupções nos bilionários contratos federais, estaduais e municipais e o envolvimento de magistrados, igrejas, pastores e movimentos sindicais neste mar de lama, deverá se transformar no país denominado “Sodoma e Gomorra”.

Tenho medo do silencio das ruas, tenho medo do atual grau de conivência das grandes lideranças sindicais, por terem as suas “Centrais Sindicais” envolvidas em convênios não justificados ainda ao erário federal. Tenho medo do atual envolvimento das Igrejas Evangélicas e movimentos sociais em grupos políticos, donos literalmente dessas grandes mazelas sociais. Tenho medo do nosso Judiciário. Tenho temor pelo futuro de nosso Brasil, pelo futuro da democracia e pelo futuro de nossos filhos e netos.

 

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