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Opinião: A gênese da corrupção


Quando se tenta falar sobre corrupção, no sentido “lato” da palavra ou na sua forma etimológica do vocábulo, não tem como não se deparar como sendo a quebra de um estado funcional e organizado, com a participação humana, de forma direta ou indireta, podendo se manifestar de diversas maneiras, a partir de um suborno, intimidação, ameaça, chantagem, extorsão e abuso de poder econômico.

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               A famosa mala preta para  transportar os frutos da corrupção.

O vocábulo corrupção vem do latim, com a forma corruptus, que traduz a quebra de pedaço, enquanto o verbo corromper tem o significado de se tornar pútrido, podre, estragado.

Para estudos formais e bibliográficos, a corrupção pode ser definida como a tomada do poder ou da autoridade e através deste instrumento obter vantagens pessoais ou fazer uso do erário público para construir patrimônio particular, beneficiar familiares, amigos, pessoas de seu círculo de trabalho, de negócios e de amizades, em detrimento de outros.

Hoje, em nossos dias de maior incidência de corrupção, a cobrança de propina (dinheiro) está arraigado nos hábitos do serviço público, em quase todos os níveis, como justificativas comuns “para agilizar os trâmites burocráticos e administrativos”, reduzir e perdoar multas e mesmo para desenterrar processos ou até para cortar a fila para análise de documentos, dar parecer em processos e, posterior, efetivação de seus respectivos pagamentos.

A corrupção se apresenta com diversos disfarces e pode ter as seguintes caras e interfaces: suborno; extorsão; fisiologismo; nepotismo; clientelismo; corrupção ativa, corrupção passiva e peculato, dentre outros, passando pelo bulling na educação, profissional-empresarial, administrativo, jurídico, sexual e podendo, até, incluir neste contexto, o contrabando de recursos naturais renováveis e não renováveis, produtos in natura, manufaturado, a biopirataria de animais e vegetais oriundos da biodiversidade, do tráfico de seres humanos para exploração sexual, para comercialização de órgãos humanos para o transporte e a realização do narcotráfico, em níveis nacional e internacional, em diversas formas.

A corrupção sempre favorece e beneficia uma camada social imediatamente superior, em detrimento dos segmentos sociais inferiores, afetando diretamente os mais pobres, quase sempre deixando sequelas incicatrizáveis como se pode ilustrar:
 

  • sempre que se elege um político corrupto, este coloca seus amigos  nos cargos de confiança e a roubalheira ocorre, a quatro mãos, e toda a população sofre as consequências, com sequelas em todos os níveis sociais;
     
  • toda vez que a empreiteira superfatura a construção do prédio da escola, o aluno fica fora da sala de aula e, depois, dentro dos presídios;
     
  • quando uma obra é paga e, logo em seguida, é paralisada algo deve ter acontecido — ou os políticos receberam propinas e o empreiteiro ficou descapitalizado — aí é quando a empreiteira, normalmente, solicita um termo aditivo para a conclusão dos serviços contratados e, quando isto não acontece, ou a obra permanece inacabada, em detrimento da população ou o Poder Público faz uma nova licitação, implicando em custos adicionais e o bolso da população é quem paga a conta, exceto em casos muito raros;
     
  • sempre que o empresário  superfatura o preço da merenda escolar para dar propina ao político, uma centena de milhares de crianças ficam sem alimentação e passa a ocorrer a desnutrição acentuada e com baixo rendimento escolar;
     
  • quando o livreiro superfatura o preço do livro escolar para pagar a propina do político, o nível do ensino perde a qualidade e o resultado é a alta repetência, o baixo nível de aprendizado e o abrupto índice de deserção nas escolas;
     
  • quando o executivo da saúde superfatura o preço do remédio e do serviços de transporte da rede pública, o paciente enfermo fica sem leito, sem assistência médica, sem medicamento e fica jogado no corredor do hospital.

Nos países ditos democráticos, como é o caso do Brasil, o método de corrupção mais próximo ao cidadão comum é aquele praticado com os instrumentos utilizados por meios políticos, na própria elaboração das leis que deixam brechas, como mecanismos que possibilitam a materialização das licitações fraudulentas e de transações comerciais, nas contratações de aquisição de bens e de serviços  quase sempre com superfaturamentos.

A modernidade globalizada chegou com muita velocidade aos nossos dias e teve a capacidade de se tecnificar, utilizando-se de mecanismos sofistificados, executados com eficiência e eficácia, planejados e praticados em conjunto com uma gama de tecnologia disponivel no mercado — sob o dominio dos hackers, individuos que elaboram e modificam software e hardware de computadores —,  ao alcance da mão, e capaz de praticar verdadeiros furtos e assaltos cibernéticos e presenciais, bilionários, através da ‘competência” de um cérebro treinado e trabalhado para o exercício de façanhas inimagináveis e, até então, impossíveis de serem executadas.

Atualmente existe o Índice de Percepções de Corrupção e este método pode ser publicado anualmente pela Transparência Internacional que mede a percepção da corrupção política em vários países do mundo.

De acordo com esta entidade criada “O Índice de Percepções de Corrupção” o  método empregado faz  a avaliação e podem ser utilizados questionários  com números que variam de 0 a 10, informando que não existe pais com corrupção zero e nem corrupção perfeita de 100%, e identificaram a Finlândia alcançando a  nota máxima de 9,7 e ocupa o 1º lugar no ranking mundial, enquanto o  Brasil atingiu o 54° lugar na classificação, com coeficiente de 3,9 quando sua margem de confiança é de 37-41%.

O Governador Confúcio Moura plotou neste 1 de julho de 2011, no BLOG DO CONFÚCIO, que ele está tentando estudar o mundo da tecnologia da informação para inventar um aparelho para ler o pensamento: o PENSAMENTÔMETRO e o outro aparelho que já está quase pronto: o MENTIRÔMETRO e avisou que oBill GATES — que se cuide, embora sabendo que a fortuna do homem da Microsoft é de     U$ 59 bilhões de dólares.

Eu, Antônio de Almeida, em ESPINHA NA GARGANTA, após ler as notícias sobre corrupção, nos últimos dias em Porto Velho, e escrever esta matéria sobre A GÊNESE DA CORRUPÇÃO, estou anunciando, também, em primeira mão, que vou me tornar um próspero inventor de um aparelho com o nome de CORRUPTÕMETRO, capaz de medir, com exatidão, quantos milhões de reais ou quantas notas verdinhas de U$ 100 dólares aquele cidadão, corrupto e honesto, identificado por esta máquina desviou dos cofres públicos para os paraísos fiscais ou estão investidos em empresas e imóveis, com as propinas recebidas das empreiteiras e dos demais serviços prestados, com uma simples entrevista.

Este aparelho já irá nascer patenteado ai, sim, em vou superar a fortuna de Carlos SLIM, o homem das Telecomunicações – AMÉRICA MOVIL, incluindo aClaro Telefonia e o Jornal The New York Time – com uma fortuna avaliada de 74 bilhões de dólares, considerado pela Revista Forbes, no Ranking de 2011, como o homem mais rico do mundo.

Qual seria a maneira mais rápida de se tornar o homem mais rico do mundo?

  1. Com a patente do CORRUPTÔMETRO?
  2. Cobrar 50% das propinas dos corruptos identificados?
  3. Produzir réplicas do CORRUPTÕMETRO para comercializar?
  4.  

            Façam seus comentários e mandem suas respostas.            

Tenham uma boa leitura e uma ótima reflexão.

 Para contrapor as nossas posições, o (a) eleitor (a) ou o (a) leitor (a) pode utilizar os seguintes contatos:

E-mail: almeidaengenheiro@yahoo.com.br

Twitter: @aasalmeida

Celular: (69) 8111-9492 e (69) 8446-1730

Antônio de Almeida Sobrinho é Engenharia de Pesca e

Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.

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