OPINIÃO: Cadê as obras com os recursos próprios do Município de Porto Velho?

Mídia municipal mentirosa também tem perna curta. Cadê as obras com os recursos próprios do Município de  Porto Velho?
 

Por: João Serra Cipriano

O jornalismo via internet pelos vários sites de notícia abre sem sobra de dúvidas novos caminhos capaz de romper os esquemas montados pelas grandes empresas de mídia junto a alguns meios de comunicação visando impedir as denúncias e críticas contra os gestores públicos.  Bom, graças aos sites tenho recebido por parte do público internauta vários elogios, varias críticas e principalmente vários pedidos de novos artigos, entre eles, este que passarei a descrever com o máximo de detalhes passados pelos servidores públicos municipais de Porto Velho e como pediram o sigilo jornalístico de seus nomes, não citarei nem em juízo, guardando-os como segredo profissional até o túmulo.

Foram-me passados alguns jornais impressos de grande circulação estadual onde toda a mídia do município de Porto Velho, em meia página, cujos conteúdos levam a marca somente da Prefeitura, de várias obras somente com recursos federais. Bom, o caso é que naquele espaço consta uma enorme propaganda tentando passar para a população de Porto Velho e do Estado com um todo, que aqui se emprega uma das mais eficientes gestões municipal, nunca vista na sua recente história.

A empresa de mídia tenta passar para o público em geral, que as tais as obras do PAC, dos viadutos e contornos ao longo da BR-364 no perímetro urbano, como sendo feito só e unicamente da atual gestão municipal e não obras da União. Neste contesto de mídia enganosa e desnecessária, acredito que o Ministério Público deva abrir investigação e apresentar denúncia civil, denúncia de improbidade administrativa, haja vista que estão gastando milhões de reais dos cofres municipais para divulgar obras e atos da União, que por sua vez, possui os recursos e os meios próprios para tal finalidade técnica e social.

Mas as denúncias relatadas pelos servidores caminham também para um festival e um trem da alegria com os recursos oriundos do fundo de compensações das Usinas do Madeira (Jirau e Santo Antônio).  Na opinião desses técnicos municipais, não estão sendo bem empregados os recursos, os critérios são todos políticos eleitoreiros, as empreiteiras na grande maioria são de parentes e amigos diretos do chefe do executivo, empresas de gaveta  ou aquelas de  pasta, com uma facilidade enorme para “vencer as concorrências”. São reformas de prédios públicos com preços superiores a uma construção de um novo prédio.

Neste coro de suspeitas de irregularidades, vem às próprias denúncias do deputado estadual Ribamar Araújo do PT, que em bom tom, alardeou existir dentro da administração de Porto Velho uma quadrinha organizada para roubar o erário. Cabe aqui lembrar o nobre parlamentar, que o Tribunal de Contas do Estado é um braço fiscalizador da Assembléia Legislativa, que se acionado por Vossa Excelência dentro do Regimento Interno da ALE e a Constituição Estadual, tudo poderá ser levantado desta supostas suspeitas de irregularidades na administração petista da Capital. Caso haja resistência por parte do TC e do MP, o nobre deputado dispõe também da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, que poderá aprofundar todas as denúncias feitas por Vossa Excelência e pela sociedade, sindicato dos servidores e imprensa rondoniense. Então deputado, mãos a obra.

Outro ponto levantado pelos servidores a este jornalista é quanto à omissão do TC e MP contra as denúncias levadas aos sites de notícias destes 2007 e quando chegam às contas do prefeito, todas são aprovadas com louvor. “Daí vem uma dúvida. Têm parentes, namoradas, namorados, primos, cunhados de políticos e membros de órgãos fiscalizadores com cargos de confiança e ou contratos com o Município de Porto Velho?”. Será estes os motivos por ter as contas aprovadas pelo TC com louvor?. Será que todas as denúncias da imprensa, do deputado estadual e dos servidores são caluniosas e falsas?.

O tempo costuma não perdoar mídias enganosas, já que, com os recursos próprios do município estimado em mais de um bilhão de reais, essa grana toda conforme denúncias ao longo dos anos existem fortes indícios e fortes suspeitas de que a dinheirama toda vem sendo diluídos em contratos de serviços de empreiteiros de gaveta, milhares de cargos em confianças, prestadores de mídia e serviços de informáticas, aluguel de programa gerenciador de informática, compra de grama e outros produtos que nunca foram entregues na sua totalidade, além de alugueis de carros e caminhões de lixo, sem qualquer critério do que é melhor para o erário público. Será que comprar os caminhões de lixo como vem fazendo os prefeitos do interior não é mais vantajoso para o erário?.  Com a resposta o MP e o TC.

Com as suspeitas e indícios de todos esses desmandos e farras de cargos em confiança com os recursos próprios do município de Porto Velho, tendo as obras do PAC e das Compensações para ludibriar os cidadãos portovelhenses com uma mídia enganosa, tudo caminha para o refrão da música: “Cadê o dinheiro, sumiu, e ninguém viu”.

• O autor João Serra Cipriano é jornalista e suplente de deputado federal pelo PSB-RO.