Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

OPINIÃO DO CIDADÃO: Para quando o próximo verão chegar



Depois das tempestades, a bonança. Silenciosamente, as águas voltam ao seu leito natural e a vida segue seu curso diário. Lentamente, as velhas mazelas são esquecidas e os repetidos protestos das populações atingidas pelas enchentes, evaporam-se à luz do sol, que banha e ilumina o dia-a-dia das cidades brasileiras. Infelizmente, tudo vai devagar, passivamente, enquanto as janelas olham as cidades seguindo em marcha batida, a velha rotina, até quando dezembro chegar.

As tragédias das enchentes são todas construídas no dia-a-dia de nossas cidades, desde a mão que joga o lixo no chão, que vai, bueiro abaixo, entulhando os canais de escoamento, até a mão da administração omissa, que prefere ignorar as obras subterrâneas de esgotamento sanitário e galerias fluviais, em detrimento das obras exposta à céu aberto, à olhos vistos. Tudo, na visão eleitoreira de quem escolhe entre as tragédias de seu povo e o possível sucesso eleitoral.

É preciso entender que o prejuízo de uma enchente é o atestado oficial de uma gestão distante dos verdadeiros anseios de sua comunidade, de uma administração incompetente, sem capacidade para corrigir os erros mais primários da urbanização dos pequenos e grandes centros urbanos de nossas cidades. Enquanto isso, das janelas das prefeituras de Minas e do Brasil, alguns contabilizam os estragos que as enchentes causaram, enquanto a chuva caia devagar.

Depois de recolher os cacos, é preciso começar os trabalhos, recomeçar a vida além do ponto em que paramos. É preciso vislumbrar mudanças, aprender com os erros, seguir em determinado progresso.

Enxugar a água e apenas retirar a lama, sem corrigir as causas dos desastres; dos deslizamentos de terra; da não vazão da enxurrada; dos transbordamentos dos rios; é estender no varal do tempo o lenço para enxugar as próximas lágrimas, fruto de muito sofrimento, tristezas e dor.

O tempo não para e as próximas chuvas já tem o seu dia marcado para chegar, gerando prejuízo para o Estado, para o município e para a população. Se nada for feito pelas prefeituras, ela ceifará vidas, destruirá esperanças e afogará sonhos.

É preciso corrigir isso, é preciso investir no mais barato, no mais viável, e realizar o trabalho necessário para que a vida continue tranqüila e aprazível nas cidades brasileiras. Afinal, a nossa vida não é tão besta assim!

Petrônio Souza Gonçalves é jornalista e escritor
www.petroniosouzagoncalves.blogspot.com  

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image

A difícil tarefa de Léo

A difícil tarefa de Léo

Imagino quão não deve estar sendo difícil para o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) levar adiante seu desejo de não somente mudar a paisagem urban

A faca no pescoço

A faca no pescoço

Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a part

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)