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Opinião: E agora PMDB? É possível fazer a diferença?


 

João Serra Cipriano

Ao assistir pela televisão a propaganda oficial do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, confesso que fiquei confiante ao ver a volta do advogado Orestes Muniz Filho, (brilhante professor universitário), ao vê-lo invocar as bandeiras de lutas sociais do partidão em favor de Rondônia, além de exaltar as conquistas democráticas realizadas em favor do Brasil. Quem conheceu o aguerrido ex-deputado federal Orestes em favor da formação do nosso Estado na década de l980, sabe que ele acaba agregando valores que poderá contribuir com propostas, capaz de fazer um governo estadual com as mínimas condições de superar as atuais mazelas e muito mais, auxiliar o Dr. Confúcio na formação de uma ampla coalizão de governabilidade entre os poderes constituídos.

O povo de Rondônia esperou muitos anos para ver surgir uma nova ordem política com os olhos voltados para a consolidação de políticas públicas eficientes, um projeto industrial consolidado nas potencialidades minerais, florestais e principalmente no agronegócio fonte e base da nossa macro-economia. Neste contexto, não podemos negar os avanços já conquistados pelos demais governantes, cada qual com as suas características de governabilidade.

Porém, o rondoniense na última eleição foi às urnas para depositar as suas esperanças de mudanças sociais num novo governante com uma alma humanista, com uma enorme capacidade de ouvir, de manter os canais abertos para as diferenças e a própria oposição, inerente em qualquer mundo democrático. Pois bem, o médico, ex-deputado federal e ex-prefeito, foi o que melhor estampou em seus olhos tais virtudes, que de pronto, foram enxergadas pela grande massa eleitoral.

Agora, num cenário de executivo estadual estamos assistindo momentos de turbulências e conflitos entre grupos de servidores, guerra entre secretários e adjuntos, inércia quase que total da máquina administrativa e seus programas, acusações formais por parte do legislativo estadual, que do ponto de vista do eleitorado, não deveria estar acontecendo, pois a economia estadual é outra, sobram recursos federais sem aplicações, o PMDB é da casa da presidente Dilma-PT, os compromissos permanentes do estado estão dentro de uma normalidade e do ponto de vista de governabilidade, o político Dr. Confúcio está mais que preparado para o enfrentamento do poder. Se tais turbulências não deveriam existir. Então o que esta acontecendo?

Será que para chegar ao poder o governo teve que ser rateado entre aliados e grupos econômicos, que culminou no isolamento das propostas de mudanças feitas em palanques e esses aliados tornaram-se donos das secretarias?

Será que os seus comandados (secretários) se intitulam tão importantes e insubstituíveis (salto alto) que agem segundo aos seus interesses e ou dos grupos econômicos que os indicaram e não aos do chefe maior do Estado (governador)?

Será que simplesmente esta faltando comunicação entre as ordens e propostas sociais propagadas pelo governador e tais ordens não estão chegando a seus comandados?

Será que o governo sofre tanta influência de parentes e amigos íntimos, que acaba gerando tais controvérsias de ordem pública?

Será que os nomes ventilados dentro “das legendas e aliados”, e que poderiam auxiliá-lo estão com mais problemas, “ficha suja”, dos já indicados a ponto de “deixá-lo só?

Será que o próprio “PMDB foi isolado” de tal forma, que não queira melindrar a figura expoente de seu próprio governador?

Tais perguntas chegam diariamente aos meios de comunicações, rodas de políticos e nas ruas dos quatro cantos de Rondônia. A grande verdade é que todos assistem de forma quase que frustrante este novo governo caminhar em quase seis meses na defensiva, servidores desmotivados, secretarias inertes, e expressões dos seus secretariados na contra mão do progresso já vivenciado na agricultura, nas cidades e nas obras do PAC, tudo é claro, sem qualquer necessidade.

A maioria dos rondonienses acredita nas virtudes positivas do atual governador Dr. Confúcio Moura. Mais ainda, o eleitorado aprovou nas urnas as capacidades das lideranças fortes do PMDB, tais como o presidente nacional da legenda, nosso senador Valdir Raupp (o político mais votado na história de Rondônia). As urnas consolidaram a carismática atuação parlamentar federal da deputada Marinha Raupp e por fim, reconhecem na figura do presidente estadual da legenda, Dr. Orestes Muniz Filho, uma das maiores reservas morais, jurídicas, empresarial e ruralista nato, para que haja uma reviravolta visando recolocar o Estado no trilho do progresso, do crescimento e da produtividade agrícola.

O certo é que aos olhos dos contribuintes a arrancada do atual governo foi frustrante, nomes sem qualquer expressão e envolvidos em escândalos foram nomeados, a presença do estado no campo, nas cidades e na economia com novas obras públicas causa medo de desemprego e se entrarmos nas questões da transposição, fonte de possíveis sobras de recursos para atender as demandas dos servidores, as dúvidas são maiores ainda. E agora PMDB?

Fonte: João Serra
 ciprianoserra@yahoo.com.br

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