Domingo, 2 de maio de 2010 - 08h20
Qualquer pessoa que comece um texto, geralmente se inicia pela dúvida do título. Para este, pensei em titular com “começou a baixaria”. Imagino que a maioria esmagadora saberia que faria referência à campanha à presidência da República entre os dois principais candidatos. Dilma Rousseff tachou José Serra de biruta de aeroporto.
Seria necessário que as assessorias e organizadores das campanhas mudassem essa linha de fazer campanha com jogo baixo. Enquanto os candidatos não elevam o debate, a própria população deveria rechaçar esse tipo de ataque, independente da sua preferência, para deixar claro que respeito e civilidade vêm antes de qualquer projeto político. Importante mesmo é saber os projetos dos candidatos e como eles irão viabilizá-los, acompanhado sempre da comparação entre o que prometem fazer com o que já fizeram nos cargos que já ocuparam.
Lamentavelmente, a imprensa nacional limita-se ao disse me disse entre os principais candidatos. Não busca a posição sobre temas relevantes, apontando os números, cobrar como vai realizar as ações e, para quem já exerceu cargos, por que vai poder executar no próximo cargo o que não fez no anterior, e para os demais como vai ser possível as ações e os resultados.
Teriam que responder por que nunca conseguiram impedir que os assassinatos no Brasil ultrapassassem de longe aos de muitas guerras; por que a qualidade do ensino é deplorável há anos e as escolas são quebradas ao bel prazer de quem quer destruí-las; por que não se consegue evitar que as pichações das cidades brasileiras atinjam quase todos os prédios e muros, inclusive de órgãos oficiais, alguns deles de autoridades que deveriam combater os vândalos.
Além dessas, os eleitores deveriam ser questionados sempre sobre a satisfação quanto ao conforto, à rapidez, à frequencia, ao preparo dos profissionais do transporte coletivo. De quem anda de carro sobre a qualidade do asfalto das ruas e estradas do país, salvo aquelas que rendem milhões aos bolsos particulares. A quem precisa de atendimento num posto de saúde ou num hospital público sobre o padrão de qualidade. A quem vai a uma delegacia sobre a atenção no atendimento. Isso para ficar restrito aos temas de segurança, saúde, transporte e educação, funções basilares do Poder Público.
Parece inegável que a responsabilidade seja de quem exerceu cargos políticos, em especial os executivos. No estado de São Paulo, José Serra pertence ao partido que está há 16 anos no Poder. E o da Dilma Rousseff ficou oito alternados na Capital paulista. Ambos ficaram oito anos ininterruptos na presidência da República. É fato. Parece óbvio ululante que deveriam explicar se acham satisfatório o resultado dos seus governos ou dos aliados nessas áreas. Em caso afirmativo, questionar se as reclamações frequentes e generalizadas são por conta de má vontade ou má-fé das pessoas.
O noticiário dá conta de que existem oito milhões sem moradia; milhões são analfabetos; são milhões de assaltos país afora; milhões são atendidos em postos de saúde e hospitais públicos; milhões nunca viram um policial realizar trabalho preventivo na sua rua; milhões têm processos eternizados nos tribunais. E os milhares de mortos em deslizamentos, outros tantos maltratados em aeroportos, etc...
Poderia ser feito um levantamento de quantos políticos do país se utilizam desses serviços públicos. Ao menos aqueles que exercem cargos executivos, prefeitos, governadores e o presidente da República, todos os ministros e secretários deveriam ser obrigados a utilizarem esses serviços, sobre os quais são responsáveis, excluindo as exceções, como universidades feitas deliberadamente para o andar de cima.
Tornou-se unânime, e começa pela própria Justiça Eleitoral, o enaltecimento à importância do voto, que definitivamente não tem. Caso entenda que os serviços citados estejam satisfatórios com a qualidade atual, vote. Se acredita que quem governou até aqui vai fazer o que nunca fez antes, vote. Mas se você não está insatisfeito e quer protestar, você tem milhões de motivos para votar... Votar nulo. Voto assegurado na lei tanto quanto o válido.
Um índice altíssimo de voto nulo ou em branco numa eleição pode dar início a uma mudança radical nessa postura de fazer campanha de ataques pessoais e gestões de desculpas.
Fonte: Pedro Cardoso da Costa
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