Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Opinião: Para espalhar as boas ideias


Opinião: Para espalhar as boas ideias - Gente de Opinião

Acir Gurgacz*
 

Os resultados insatisfatórios da educação brasileira em avaliações nacionais e internacionais costumam provocar reações apaixonadas. Muita gente faz críticas a governos, aos salários baixos, a técnicas de ensino. A mídia corre atrás de referências europeias de educação em países de cultura milenar e população menor que o Estado de São Paulo e começa a fazer comparações com a nossa realidade, ressaltando a nossa incapacidade de igualarmos os resultados da Finlândia ou da Noruega. Ou seja, a impressão que tenho e de que apesar do assunto ser extremamente sério, falta seriedade para tratá-lo.

Não sou educador, mas sou empreendedor e gestor de pessoas desde o início de minha vida adulta e reconheço a importância da educação, da formação da mão de obra. Já tive experiências suficientes para compreender o quanto pode influenciar o desempenho de um empreendimento a capacidade do pessoal envolvido. Desta forma, não posso pensar de outra maneira, hoje no Senado, quando tenho a possibilidade de contribuir para criar meios de melhorar o processo de formação da mão de obra no Brasil.

Não acredito que seja correto afirmar que o modelo educacional brasileiro precisa ser mudado como um todo porque não existe apenas um único modelo. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) está aí para mostrar que existem tanto resultados insuficientes quanto os resultados suficientes. Julgo que um dos grandes problemas esteja realmente na incapacidade do país adotar em todo o seu território os modelos vencedores.

Mas por que ocorre essa limitação? Devido a falta de recursos? Por razões políticas? Devido à falta de material humano? Não acredito que tenhamos hoje uma resposta clara para essa pergunta. Recentemente, após a divulgação do IDEB, não foram poucos os analistas e profissionais da educação que fizeram exatamente essa crítica, da forma como escolas resultados positivos convivem, às vezes até mesmo no âmbito de um mesmo bairro, com escolas que apresentam resultados insatisfatórios. Por que não há uma troca de informações, experiências, exemplos, que contribuam para a melhoria do sistema educacional de até mesmo unidades vizinhas, do mesmo município, do mesmo Estado?

É por isso que estou propondo no Senado Federal a formação de uma comissão para fazer a avaliação de modelos que funcionam no Brasil e no Exterior para, depois, criar meios de reproduzi-lo em escala nacional. Essa comissão deverá ser formada por gente que entende de educação, que trabalha na área, que vive e respira educação. Deve contar com professores, diretores, gestores de secretarias municipais e estaduais, pais de estudantes e estudantes.

Com uma comissão assim, será possível apontar soluções avaliadas por quem realmente entende de educação, de diferentes pontos de vista: de quem produz, de quem recebe, de quem vê o resultado, de quem busca resultados. Os paradigmas a ser avaliados estarão dentro e fora do Brasil. Precisaremos descobri-los, analisá-los de todas as formas e prepará-los para uma aplicação nacional hegemonizante. Porque o Brasil dos dias de hoje não tem mais desculpas para não crescer por inteiro.

O autor é Senador da República por Rondônia e empresário

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image

A difícil tarefa de Léo

A difícil tarefa de Léo

Imagino quão não deve estar sendo difícil para o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) levar adiante seu desejo de não somente mudar a paisagem urban

A faca no pescoço

A faca no pescoço

Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a part

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)