Terça-feira, 26 de julho de 2011 - 18h42
Rodrigo Almeida de Souza*
“Seu Batista”, o novo dono da área de saúde em Rondônia não tem qualificação para gerenciar um setor tão vital para a sociedade, mas dedica todo o tempo que tem nas reuniões e contatos com a cúpula do governo para denegrir Sistema Único de Saúde -SUS e o funcionário público, principalmente o médico. Para ele, o grande mal da administração atual é o funcionário público e isto tem um fundamento muito claro. É que servidor concursado não pode gerar renda para quem administra o sistema. Os contratos com empresas terceirizadas, sim. Os valores estratosféricos pagos por cada contrato não levam em conta as necessidades da população, dos estoques de medicamentos, de equipamentos hospitalares, mas apenas o interesse pessoal de quem comanda o setor.
No Hospital Regional de Cacoal, onde “Seu Batista” mandava, a troca de servidores concursados por trabalhadores terceirizados não foi possível em razão da reação corajosa e determinada dos funcionários. Mas “Seu Batista” acredita que vai conseguir impor o esquema dentro da Secretaria Estadual de Saúde - Sesau.
Através de “Seu Batista” a Sesau convidou uma empresa da Paraíba que oferecia ortopedistas para realizarem cirurgias dentro do Hospital de Base de Porto Velho, ao custo aproximado de R$ 1.250 cada procedimento. Pelos cálculos mais elementares, um médico ortopedista poderia ganhar mais de R$ 100 mil por mês trabalhando 8 horas diárias. Mas, será que ficariam mesmo com todo este dinheiro?
A novidade seguinte foi a firma baiana conhecida como a “ONG da Bahia”, que oferecia serviços de anestesia dentro das unidades públicas de Rondônia. Em princípio, a chegada de novos profissionais para este setor seria muito bom. Os números é que denunciam tanta generosidade. A proposta é que a firma receberia R$ 335 por hora de trabalho de cada anestesista contratado e repassaria R$ 200 para o profissional. E o restante do dinheiro? Para onde iria? Talvez esteja aí todo o motivo deste afã pela terceirização.
O grave de tudo é que a Sesau não a firma de anestesistas e por isto os serviços foram suspensos diversas vezes, mas “Seu Batista” luta para visualizar lógica em contratar outra empresa por preços três vezes mais caros. Se levado em conta que a hora trabalhada pelo servidor público não chega a ser remunerada em R$ 45. A conta é simples, um terceirizado chega a receber cerca de nove vezes mais que o servidor nestes plantões. Esta é gestão moderna, profissional, do “Seu Batista”.
E o quadro continua piorando. As empresas de neurocirurgia e anestesia já se encontram em negociações com o governo para novo reajuste, aumentando ainda mais o custo da Saúde. O Ministério Público preocupado onde isso pode chegar já solicita solução do governo, que ainda insiste em dizer que privatizar vai diminuir custos.
Faltam médicos em pronto-socorro, enfermeiros nos hospitais, técnicos nas enfermarias e nas UTIs, existem vários concursos e esses profissionais não são chamados. E a terceirização é a única palavra encontrada por “Seu Batista” para apontar uma solução par ao problema.
Após seis meses de administração da Secretaria de Estado da Saúde, o gerenciamento imposto pelo poderoso adjunto “Seu Batista” revela um retrocesso. O período do decreto de calamidade pública está se esgotando a situação só piorou.
O governador sabe que a saúde piorou e mudou o secretário de saúde, mas devia ter trocado o seu adjunto. Este erro vai custar muito caro para esta administração, assim como já está custando para a sociedade.
*Rodrigo Almeida de Souza.
É médico e Presidente do Sindicato Médico de Rondônia.
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