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Paulo Saldanha me disse certa vez


Paulo Saldanha me disse certa vez - Gente de Opinião
Fico pensando, se fosse hoje duvido que o JK construísse Brasília em 5 anos. Quero morrer “tisgo” se ele faria. Uma singela duplicação da BR de Ariquemes já rola há quase cinco anos. As obras de água e esgoto sanitário de Porto Velho, Deus me livre e guarde, está tudo parado. Os viadutos de Porto Velho e Pimenta Bueno fazem vergonha, além de humilhar a todos. Estas benditas obras federais são verdadeiros carnavais, ninguém entende ninguém, é Caixa, é prego, TCU, CGU, urubu, vá e vá, vá para aquele lugar, um roda viva de projetos básicos e executivos, um aprova e outro desaprova. Ó Torre de Babel brasileira, que um desconfia do outro, em fila indiana. Mais caro sai o serviço, mais caro o desserviço e o resserviço. A obra parada, que prejuízo? O aditivo, o superlativo, asbilt, realinhamento. Pois bem, Brasil, Brasil. Tem que dar um jeito. Senão Presidente não manda. Quanto mais Prefeito. Uma barafunda de gente vigiando gente. Se somar na ponta da lápis, nem se fala, o preço fica mil vezes mais caro. Pode somar TCU. Pode somar Comissão de Orçamento. Some! Some e veja que é por aí, que flui também mais um ralo do dinheiro público. A obssessiva mania. O circuito perverso de não se fazer. Um quer e mil estão aí para atrapalhar. Onde é que já se viu, um técnico paralisar uma obra numa canetada, ser mais forte do que o PAC? Alguém tem que se mexer. E este alguém se chama Dilma Roussef. Numa canetada, numa MP, porá ordem neste pedaço. Tudo é bonito, vigia do vigia, a transparência, corrupção, ilusão, mais caro é a obra paralisada. Faça assim, Presidente! Toquem as obras enquanto arruma a papelada.

A emenda parlamentar agrada deputado e senador. Também deputados estaduais. Muito mais as prefeituras e entidades. Eu também gostava, e ainda gosto delas, porque peguei o sistema deste jeito. Eu queria um orçamento impositivo. Está na lei então que se cumpra. Hoje, sei que emenda é uma ilusão. Em Brasília é assim – faz a emenda ao orçamento de 2012, quando tudo corre bem pode ser empenhada em dezembro de 2012. Vem os benditos documentos e projetos. Maioria de prefeituras inadimplentes. 2013 luta-se por projetos e análises nos ministérios, rola o tempo. Pode sair em 2013, mas o mais certo é que saia em 2014, quando os mandatos estão no final. No Acre cada deputado estadual tem 50 mil de emenda por ano. Santa Catarina nada. E no mais varia entre 500 mil, l milhão e 2 milhões. É uma loucura. Termina o parlamentar sendo um despachante de luxo.

Paulo Saldanha me disse, certa vez, que nas Florestas do Pacaás tem três aves raras e especiais. São exclusivas de Guajará. Não há em nenhum outro lugar do mundo. É só um começo. Se mais pesquisas forem feitas, com certeza descobrirão espécies de bromélias, orquídeas, peixes e mais aves raríssimos. Rondônia ainda está em Estado semivirgem. Um estuário pleno para se pesquisar e descobrir mistérios e encantos.

O que eu quero mesmo é que todo mundo do Estado ponha o treinamento na rua. Tem dinheiro no orçamento. Não quero estes treinamentos de última hora só para gastar dinheiro em dezembro. Mais para se comer pão de queijo do que para se aprender. Melhor treinamento é aquele feito no próprio lugar de trabalho. Numa sala de aula. E só creio em treinamento com muitas horas. Quase uma pós-graduação. Estas palestrinhas de autoajuda não dá. Estas palestrinhas de celebridades que vem, levam dinheiro, tudo em 1 hora certinha, não quero. A pessoa tem que receber aula. Ir pra casa. Estudar mesmo. Entender para pôr em prática. O Estado precisa de gente treinada em Controladoria. Na elaboração de projetos básicos. No controle de indicadores sociais e econômicos. No abastecimento de dados para os sistemas de tecnologia da informação. O professor precisa ser treinado para encarar uma sala de indisciplinados. E por aí vai. Está na hora de tirar o pé do chão. E pensar em mudança verdadeira.

Houve um inglês que ficou louco nos altos seringais do Rio JAMARI. Ele foi picado por moribondo mangangá. Mijou na roupa. Gritou alucinadamente. Se afundou na mata. Só depois de três dias foi encontrado totalmente baratinado. Por aí se vê que tem muito remédio nas glândulas dos insetos. Da mesma forma tem a “caba-tatu”.

Até para ser malandro tem que ser organizado. Se não organizar a sociedade, tudo que se fizer de boa fé terá resultado pífio. Como se diz – é jogar dinheiro fora. Gaste tempo preparando as pessoas. Numa verdadeira doutrina. A base do sucesso é a teoria da organização. Pegue por aí uns meninos de segundo grau, desempregados, pobres. Confine esta garotada por 120 dias, sem sair nem pra ver a luz do sol. E aplique neles a TÉCNICA DE PREPARAÇÃO MASSIVA. E veja depois, nunca mais serão os mesmos. Eles se transformarão em economistas de guerra. Aprendem a fazer projetos econômicos. A criarem empresas. A procurarem resolver os seus problemas em nível local. A vida local tem solução. Basta se ver tudo com outros olhos. Por outros ângulos. E como Rondônia está precisando de economistas de guerra. Práticos e que peguem o garrote na unha.

Fonte: Blog do Confúcio


 

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