Terça-feira, 7 de dezembro de 2021 - 12h00
O mundo da política dá muitas voltas e tem inúmeras faces. A multissignificação
da democracia, por exemplo, serve mais para enganar do que para convencer, como
se cada país usasse uma máscara, feito o teatro grego da antiguidade: por que
será que a República Democrática da China, a da Coréia do Norte, a do
Congo, etc., precisam embutir em suas denominações a palavra democrática? Sequer
passam perto de uma verdadeira democracia, mas usam o termo como forma de enganar
os demais países, em nome da velha e utópica Internacional Socialista. No
Brasil, todos são democráticos, pouco importa a orientação partidária. Em tempo
de campanha política, tenham cuidado com a banalização do significado da
palavra democracia, principalmente se na orientação ideológica da cartilha
partidária, não usarem, convenientemente, a palavra liberdade.
Todavia, o neologismo peculatário, síntese da expressão “rouba,
mas faz”, associada a herança da vida pública de Adhemar de Barros, três vezes governador
de São Paulo, ex-candidato a presidente da república, e com um nome forte na
memória política, permanece no imaginário popular, como uma lamentável vertente
da democracia brasileira. Na Nova República, pós governos militares, a
democracia esquerdopata foi para o lado da conveniência, com o apoio do STF,
cúmplice na indecência, como se o peculato e a corrupção endêmicas, fossem
piadas.
Não seria exagero afirmarmos que vivemos na República da Pecurrupção,
crime tão cometido por funcionários públicos e seus auxiliares privados, que se
subdividem em mais de dez modalidades, além de estarem, constantemente, nas
mesas dos gabinetes dos advogados, que buscam formas de contorna-los,
legalmente, ilegalmente, mediante interpretações duvidosas, com a compra de
sentenças, etc., já que são os crimes que mais favorecem a conta bancária dos
causídicos. No peculato o servidor público se
apropria de bens ou valores da administração pública, já no crime de corrupção
o servidor pede ou recebe alguma vantagem indevida, por conta de seu cargo. Geralmente
andam juntos, peculato+corrupção – pecurrupção − como os gêmeos da
novela das nove.
Também não seria exagero
afirmar que tais crimes são os mais perdoados pelo judiciário, ainda que sejam
condenados, diuturnamente, nos noticiários da mídia. É mais uma farsa de
gabinete, ou mais uma máscara disponível aos envolvidos no processo. Sim, eu
sei que existem muitos juízes honestos, assim como muitos políticos bem
intencionados, infelizmente eles não são em número suficiente, a ponto de desmoralizarem
as estatísticas comprometedoras.
Esquerda, direita e centrão,
em determinadas situações, são vistos como palavrões, lamentavelmente não
compreendidos pela grande maioria dos eleitores, principalmente aqueles fascinados
pelos míseros reais do Bolsa Família ou do Auxílio Brasil. Neste país, as sentenças
para crimes eleitorais ou de peculato e de corrupção são elaboradas nos
gabinetes dos causídicos mais afortunados, salvo raríssimas exceções. Depois do
que o Fachin, com aquela cara de honesto, fez com a lavajato, é impossível pensar
em justiça isenta, sem atalhos, sem conchavos. Nem à esquerda, nem à direita, nem ao
centro, na nuvem!!!
No próximo pleito, o teatro de máscaras eleitoreiras, será mais uma vez
montado, desta vez com uma máscara a mais – a da pandemia. Palanques serão
novamente armados na zona rural, à beira de um igarapé: – Quando vejo
esta grama verde, eu me lembro de minha mãe! – Ela era égua?
Perguntou um possível eleitor. – Era não, filho da puta, era lavadeira.
Respondeu o compenetrado candidato. A comédia vai se estender aos
showmícios, à propaganda eleitoral gratuita do rádio e da TV, à internet, séria
ou recheada de fakenews, e a todas as formas possíveis de divulgação das
características pessoais dos pretendentes a um cargo político. Ria, a piada
está a caminho, ou chore, a tragédia petista ameaça voltar. Moro num
país tropical e abençoado por Deus, começo a enxergar uma luz no fim da Lavajato.
Direita, esquerda e centro, estarão novamente no foco das atenções, cada
qual com a sua plataforma eleitoral, se dizendo mais democrático do que o outro;
a mim me preocupa o nível de honestidade dos pretendentes, o país não aguenta
mais tanta dilapidação. Contudo sei o quanto é difícil convencer um político de
que o dinheiro público não é dele, e ao eleitor que quem rouba é ladrão, não
merece governar mais uma vez, já foi reprovado. Não rouba, mas faz! Eles
existem! Eu acredito!!!??? Tarcísio Freitas é um exemplo. Diga não ao Peculato
a à Corrupção, diga não às rachadinhas familiares.
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