Quinta-feira, 4 de janeiro de 2024 - 08h30
Porto
Velho não é um primor de cidade. A capital do estado de Rondônia sofre, não é
de hoje, com problemas crônicos, especialmente quando o assunto envolve
abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário, em cujas modalidades
ostentamos índices vergonhosos. Isso, porém, não parece abalar o bom
relacionamento do prefeito Hildon Chaves com parcela expressiva da população.
Prova
disso é o que revela uma pesquisa feita pela CNN Brasil em 25 capitais
brasileiras. Nela, o chefe do executivo municipal apresenta extraordinário
capital eleitoral capaz fazer seu sucessor sem maiores esforços. Se a ungida
for a ex-deputada federal Mariana Carvalho, como indicam as conversas de
bastidores, a caminhada até o palácio Tancredo Neves ainda fica mais fácil. Não
tem para ninguém.
Na
sondagem, Mariana Carvalho aparece com 22% das intenções de voto, seguida, de
longe, pelo presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Marcelo
Cruz, com 10%. Agora, se a eleição fosse hoje, advinha quem chegaria em último
lugar, com 1% dos votos? Acertou quem disse a ex-senadora Fátima Cleide, do PT,
comendo poeira do deputado estadual Alan Queiroz, que desponta na pesquisa com
8% do eleitorado.
Ao
contrário do que erroneamente insinuam algumas cabeças ocas, não se trata de
ser contra o PT e a favor desse ou daquele partido. Nada disso. A realidade,
nua e crua, é que, em Rondônia, especialmente na capital, a imagem do Partido
dos Trabalhadores está queimada, consequência de episódios nefastos envolvendo
dirigentes, políticos e figuras de proa da agremiação. É só reparar o resultado
da recente eleição para presidente da República. Roberto Sobrinho foi o último
prefeito do PT a governar Porto Velho. De lá para cá, o partido não conseguiu
emplacar ninguém, sequer um vereador. Foi um vexame atrás do outro.
Você pode
até não gostar do prefeito Hildon Chaves, mas não pode deixar de reconhecer que
ele tem sabido honrar o cargo, com sua biografia e seu conceito pessoal, dando,
inclusive, dimensão à função, enquanto outros precisariam do posto para
alcançar o prestígio que tanto procuram com sofreguidão. Talvez por isso ele
desfrute de extraordinária popularidade para fazer pender a balança eleitoral para
o lado que apontar.
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