Segunda-feira, 18 de julho de 2022 - 10h47
As declarações feitas por
candidatos à presidência da República sobre a onda de violência que vem se
espalhando pelos quatro cantos do país, nos meses que antecedem as eleições
quase gerais, são um exemplo do vale-tudo da política. No fundo, ninguém está
preocupado com a tragédia social que envolve o problema. A maioria apenas tem
revelado o que lhe pode gerar dividendos políticos.
Aterrorizado? Não! Espantado? De
jeito nenhum! Afinal, em um país onde aluno aprende que roubar não é crime,
cantora declara apoio a um candidato em troca da legalização das drogas, um
ex-ministro é preso, acusado de desviar 51 milhões dos cofres públicos, cuja
dinheirama foi encontrada em caixas de papelão e malas pela Policia Federal e, depois
de passar alguns meses atrás das grades, ganha a liberdade e, de quebra, uma
nomeação para comandar a Secretaria de Administração Penitenciária de seu
estado de origem, então o que mais pode causar estranheza?
A sociedade está cansada de ouvir
frases plastificadas, que em nada contribuem para a resolução de um problema
extremamente grave, enquanto na lógica da disputa eleitoral encontrar um único
culpado é a aposta mais alta e, ao mesmo tempo, uma triste indicação do
oportunismo político, marca registrada da política nacional. A onda de
selvageria que há muito tempo vem arrastando o Brasil ladeira abaixo é fruto da
omissão secular de governantes cúpidos e irresponsáveis e de uma brutal
concentração de renda na qual o Brasil mergulhou e se tornou uma referência
internacional, um cancro purulento que, para ser extirpado, exige mudança de
posturas.
O tamanho do problema que o Brasil
enfrenta no caso da violência, com uma estrutura social profundamente
desmantelada, corresponde exatamente ao seu gigantismo, diferenciando-se apenas
a gravidade do mesmo. Por isso, é vergonhoso verificar que, diante de episódios
lamentáveis e deploráveis, alguns presidenciáveis os tratem pela ótica de
conquistar votos a qualquer preço. O Brasil não precisa de políticos dessa
estirpe, com esse perfil. Pelo contrário, o povo precisa bani-los da vida
pública, pois são cúmplices e se alimentam daquilo que agride à população.
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