Quarta-feira, 12 de julho de 2017 - 20h09
Professor Nazareno*
Em toda sociedade moderna minimamente organizada devem existir os políticos, sim. Eles fazem a ponte, o elo entre essa sociedade, que os escolhe, e o Poder Público. Além disso, criam leis, governam e procuram organizar as ações para a melhoria coletiva. Se for ruim com eles, será muito pior sem eles, pois de que forma um povo, uma nação, um Estado, uma cidade seriam governados? Como se escolheriam os líderes e os governantes? No entanto, os políticos brasileiros já há muito tempo têm desmistificado e negado essa definição e transformaram a importante arte da política na prática de gerenciar seus próprios interesses. E o pior, com a aceitação, a passividade e o consentimento desse mesmo povo. Fazer política no nosso país tem sido sinônimo de enriquecimento muitas vezes ilícito. E o dinheiro público é o combustível para o roubo.
Muitos dos atuais partidos políticos do Brasil viraram verdadeiras organizações criminosas. Sem nenhuma ideologia e sem a menor vocação para defender os cidadãos mais carentes, seus dirigentes e filiados partiram sem dó nem piedade sobre o dinheiro dos impostos e na certeza da impunidade transformaram a riqueza de uma das maiores potências econômicas da atualidade num patrimônio de poucos. Sem dinheiro disponível, os serviços públicos pioram a cada dia e a qualidade de vida dos brasileiros comuns definha assustadoramente. E tudo isso com a estranha cumplicidade desse povo necessitado. É como se nós sofrêssemos da Síndrome de Estocolmo em relação aos nossos governantes. Somos como hienas covardes que nos satisfazemos e rimos quando nos deixam comer carne podre. Como galinhas, só cantamos após botar um grande ovo.
Os nossos políticos fazem “gato e sapato” de nós e não reagimos nunca. Retiram nossos direitos, nos humilham e nada nos repassam. Acuados, bradamos que a política não nos interessa. E não nos enganemos: a maioria dos eleitores brasileiros e rondonienses não tem leitura de mundo nem conhecimentos necessários para se opor a esses políticos canalhas. Nas próximas eleições, TODOS (ou quase todos) os traidores desse mesmo eleitor serão novamente reconduzidos aos cargos que hoje ocupam. Por ignorância, comodismo ou burrice mesmo, o culpado de todas as mazelas do povo brasileiro é esse mesmo povo. Somos uma nação onde se acredita que apenas uns 20% dos eleitores têm algum tipo de consciência de sua própria existência. Uma nação de idiotas e semianalfabetos que por estupidez ajudam a perpetuar a exploração coletiva.
Diego Mainardi disse que o Brasil não tem políticos de direita nem de esquerda. “Tem um bando de salafrários que se reúnem para roubar juntos”. Muitos deles fazem ou aprovam as suas próprias leis. Hildon Chaves, por exemplo, atual prefeito de Porto Velho decidiu visitar o Primeiro Mundo com apenas seis meses de mandato e para isso teve a devida aprovação da “amiga” Câmara de Vereadores. Em pleno arraial Flor do Maracujá, decidiu implementar o turismo em Paris e na Disney quando podia ter ido a Bandeirantes, Jaci, Calama ou outro distrito carente da capital. O “estimado líder” aumentou em 26% as passagens de ônibus e deixou um político citado em corrupção no seu lugar. E por tudo isso foi aplaudido. A atual situação caótica na política deste país pode atingir apenas uns 10% desses maus políticos. Sem nenhuma visão política, continuaremos sendo governados e administrados por essa gente ainda por muito tempo.
*É Professor em Porto Velho.
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