Segunda-feira, 1 de abril de 2024 - 17h29
A gratidão é uma das qualidades mais belas do
ser humano. Devemos ser gratos, primeiramente, e sempre, ao Senhor Deus em
todas as coisas, e não somente quando recebemos bênçãos. Também devemos ser
gratos às pessoas que nos estenderam a mão quando mais precisamos. Sou grato a
Porto Velho por ter me acolhido, mas não consigo, apesar do esforço, esconder
minha revolta e decepção quando vejo a minha cidade destacar-se entre as piores
do Brasil em matéria de prestação de serviços públicos, consequência de anos e
anos de administrações desastrosas, que se preocuparam apenas com ações e
projetos superficiais, relegando o essencial a um plano secundário. E o
resultado dessa desídia governamental pode ser comprovado nos quatro quantos da
cidade.
Não é fácil aceitar, mas, de acordo com
pesquisas, recentes ou não, a capital do estado de Rondônia é ruim em tudo.
Somos a quinta cidade mais violenta do país. Quando o assunto é água tratada,
Porto Velho é a cidade que menos oferece esse serviço. No quesito coleta e
tratamento de esgoto, o município aparece nas piores colocações. Pouco menos de
seis por cento da população têm coleta de esgoto. O pior é que isso não parece
preocupar os políticos, que preferiram, ao longo de seguidos anos, aplaudir o
chefe do executivo, em vez de cobrarem obras e serviços vitais à população.
Não sou leviano a ponto de achar que o prefeito
Hildon Chaves é o único responsável por tudo de ruim que acontece no município
de Porto Velho, mas também não posso deixar de registrar que ele, em se segundo
mandato, avançou muito pouco na execução de politicas públicas, como o serviço
de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário. Mas sua administração
tem méritos. Negá-los, porém, seria estupidez. Prova disso são os
extraordinários índices de aprovação popular. Mesmo assim, convém perguntar:
por que Porto Velho ostenta os piores índices na prestação de serviços
públicos?
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