Segunda-feira, 22 de abril de 2024 - 08h05
O Brasil possui um dos maiores
níveis de concentração de renda. Quem garante isso não sou eu, mas os
organismos especializados na avaliação da distribuição da riqueza de
determinada região. Isso ocorre quando uma pequena parcela da sociedade acumula
a maior parte da riqueza. Nesse quesito, estamos no mesmo patamar de países
como África do Sul e Namíbia.
Por que somos tão desiguais na
hora de dividir o bolo econômico? Entre as principais causas da concentração de
renda destacam-se dinheiro e poder nas mãos de uns poucos, má administração dos
negócios públicos, pífios investimentos em programas sociais, baixa
remuneração, magras oportunidades de trabalho e corrupção, que gera
desconfiança no setor privado por causa dos riscos. Afinal, nenhum empresário
quer jogar dinheiro fora.
Matéria postada no jornal eletrônico
Tudo Rondônia coloca Rondônia como o estado que “tem a terceira menor
concentração de renda do país”, o que não deixa de ser uma notícia
alvissareira, porém, se é verdade que temos aqui um dos menores índices de
desigualdade econômica, por que o estado não consegue avançar na melhoria dos
serviços públicos oferecidos à sociedade? Ou não existe relação entre uma coisa
e outra?
Exemplo disso pode ser observado
no setor da saúde. É revoltante o drama das pessoas que buscam atendimento no
Hospital João Paulo II. As condições são as piores possíveis e imagináveis. Os
relatos são de corredores lotados, macas improvisadas, pacientes sendo
atendidos de qualquer jeito. Não menos
repulsivo são as dificuldades dos profissionais da saúde para desempenharem
suas tarefas. Mas isso não parece incomodar autoridades e representantes do
povo nas casas legislativas, que fingem na enxergar o sofrimento da população,
que só é vista às vésperas das eleições. Impõe-se, mais uma vez, perguntar: por
que somos tão desiguais?
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