Segunda-feira, 10 de julho de 2017 - 11h18
RETICÊNCIAS POLÍTICAS - Por Itamar Ferreira *
Com a nova tarifa que entrou em vigor no último sábado (8) Porto Velho assumiu oficialmente o posto de Capital com o maior aumento nas passagens de ônibus do Brasil, com 26,67% e um valor de R$ 3,80; sendo que a segunda colocada está distante sete pontos percentuais a menos, com 20% e valor de R$ 3,30. Levantamento foi concluído pela coluna neste final de semana. Por Velho que no ano passado tinha a 10º tarifa mais cara, passou a ter a 6º mais cara, com zero de investimento.
Generosidade da prefeitura com o Consórcio SIM não teve igual no país. Para comparar, no final de 2016 seis capitais, incluindo Porto Velho, tinham valor da passagem em R$ 3,00; veja como foram os aumentos em 2017: Brasília 16,67%, Palmas 16,67, Rio Branco 16,67% e Manaus 10%, João Pessoa 6,67% e Porto Velho 26,67%.
Apesar de conceder o maior aumento do Brasil, a Secretaria Municipal de Transporte (SEMTRAN) não demonstrou preocupação de assegurar contrapartidas como aumento e renovação da frota, monitoramento por GPS com Central de controle na Secretaria; bem como, não informou nada sobre quando será feita a licitação definitiva e até quando o contrato “emergencial” ficará funcionando precariamente.
É vergonhoso o que a prefeitura está fazendo com a População de Porto Velho, se considerarmos a realidade em outras capitais. Porto Velho, que tem uma população de 511.819, concedeu o maior aumento de todo Brasil, tem apenas 130 ônibus rodando na Capital ou um veículo para 2,6 mil habitantes, conforme levantamento in loco concluído pelo blogueiro Carlos Caldeira na manhã desta segunda-feira (10), que confirma levantamentos anteriores.
Palmas (TO), com população de 279.856, tinha o mesmo valor de passagem que Porto Velho no início do ano, R$ 3,00, e concedeu um aumento de 16,67%, para R$ 3,50. Há uma gigantesca diferença entre as duas capitais, não só no aumento da passagem, mas também no tamanho da frota, que lá é de 200 ônibus ou um para cada 1,4 mil habitantes; ou seja, uma frota quase o dobro de Porto Velho, sem contar que são ônibus muito mais novos, sendo que 19 novos foram entregues em junho de 2017, além de 50% ter ar-condicionado e 100% ser monitorado por GPS. Veja no link: http://www.palmas.to.gov.br/secretaria/infraestrutura/noticia/1504986/capital-ja-tem-91-onibus-climatizados-e-com-acessibilidade/
Na vizinha Rio Branco, que tem uma população de 377.057 habitantes, bem menor do que Porto Velho, a frota de ônibus é de aproximadamente 170 ônibus. Rio Branco também tinha passagem de R$ 3,00 e concedeu aumento de 16,67%, para R$ 3,50. Na capital acreana 100% tem monitoramento por GPS e desde 2014 foi disponibilizado aplicativo que permite saber em tempo real, pelo celular, o horário dos ônibus. Veja no link: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/03/aplicativo-para-celular-facilita-localizacao-de-onibus-na-capital.html
Frota pequena e insuficiente, ônibus velhos e inadequados, sem terminais ou estações de integração adequadas, ausência de monitoramento por GPS, sem ar-condicionado, contrato emergencial sem segurança jurídica, dentre outras mazelas, é esta a lamentável realidade do transporte coletivo. É absolutamente inacreditável que o poder público tenha tido coragem de conceder o maior aumento de passagens do Brasil, justamente em Porto Velho.
*Itamar Ferreira, é bancário, sindicalista, dirigente da CUT-RO, formado em administração de empresas e pós-graduado em metodologia do ensino, pela UNIR, e acadêmico do 9º período de direito na FARO.
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