Quinta-feira, 14 de janeiro de 2010 - 15h51
Não consigo entender porque muitos que aqui tiveram grandes oportunidades falam, escrevem e até publicam maldades sobre a cidade que os receberam tão bem e que ainda continuaram aqui, criando seus filhos.
Porto Velho é a cidade que proporciona muitas oportunidades, aqueles que não encontraram em suas cidades de origem.
Nossa Historia
Somos família tradicional e pioneira (mulheres, filhos, filhas, netos e bisnetos) do ex-ferroviário Francisco Moreira de Souza, residente e domiciliado no Bairro Triangulo, homem desbravador, que veio para o ex-Território do Guaporé, hoje Estado de Rondônia, para trabalhar na Construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Ao chegar ao bairro Triângulo, tudo remete ao início de Porto Velho, desde o rio Madeira, bem ao lado, o trilho da velha “Maria Fumaça”, da lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o trem que corta o bairro, até a tão famosa Festa Flor do Maracujá, teve o seu inicio no Bairro Triângulo, com as apresentações juninas no quintal da casa do senhor Juventino, o tao fomoso bloco "O Triangulo nao Morreu" do lendario ex-ferroviario conhecido como o Senhor Piriquito, o nosso amado e falecido sambista Orlando, etc...
Portanto praticamente podemos ser considerados como Patrimônio Histórico, pois o nosso Bairro Triângulo, que fica as margens do Rio Madeira, foi o Primeiro Bairro a ser criado na nossa amada Cidade de
Porto Velho.
Por ser um dos primeiros bairros da nossa cidade, a largura e o cumprimento dos terrenos das famílias dos ex-ferroviários são bem considerados, uma vez que conforme os filhos vão casando, os mesmos constroem novas casas nos referidos terrenos e continuam todos juntos em família, e ainda dar para criar galinhas, patos, etc.
Podemos não ser os donos de direito das nossas propriedades, mas somo legítimos donos de fato pelos longos anos de usufruto das mesmas, uma vez que toda a área de terra do Bairro Triângulo era da União.
Nossa Angústia
A Prefeitura de Porto Velho-RO em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantiu os recursos financeiros para execução do Programa: Projeto Igarapé Grande, que tem por objetivo o de promover a melhoria da qualidade de vida, de populações fixadas em assentamentos precários, próximos aos igarapés afluentes do Rio Madeira.
No tocante ao Bairro Triângulo, esse Projeto, abrange: a invasão da Baixa da União (antigo Alto do Bode) e Cai N’agua, essas áreas de terras já tinham sido desocupadas pela Prefeitura de Porto Velho-RO em gestões anteriores por serem áreas de risco e foram novamente repovoadas em anos eleitoreiros e as residências dos familiares dos ex-ferroviários, fundadores e pioneiros do Bairro Triângulo, que até então não tínhamos sido incomodados com promessa de despejo.
Fomos informados pela Equipe do Projeto Igarapé Grande, que as famílias anteriormente cadastradas (ano 2002), seriam beneficiadas com um “apartamento” (diga-se de passagem, a construção parece mais um Apertamento), e quem não estivessem de acordo que assinassem a não adesão do mesmo, pois outras pessoas tinham interesse neles.
Qual foi a nossa surpresa ao percebermos que das cinco famílias que moram no mesmo terreno, somente três tinham sido cadastradas na época, uma vez que só foi feito o cadastramento das pessoas que estivessem presente no momento, e como nesses períodos tinham sido feitos vários cadastramentos e ninguém informava pra que serviam esses cadastros, não fomos atrás para saber, bem como nem saberíamos aonde ir.
Pois aceitar tal imposição no meu ponto de vista seria um retrocesso a nossa qualidade de vida a qual estamos acostumados a viver, principalmente para as crianças, idosos e portadores de necessidades especiais.
Uma vez que sempre vivemos em um ambiente amplo, arejado e próximo do centro da cidade; com todas as facilidades ao nosso dispor, como por exemplo:
- Se não tivermos dinheiro no momento para o transporte urbano, podemos ir a pé ao centro de Porto Velho e resolvermos os nossos problemas;
- Se não dispormos de dinheiro para comprar a mistura (carne, peixe, etc.) para o almoço, podemos ir ao rio madeira para pescar e assim garantir a alimentação dos nossos filhos;
- Além de podermos contar com a vizinhança de longos anos de vida juntos, os quais estão sempre prontos a ajudar uns aos outros.
Não deixem que nos tire esse direito de viver!
Não podemos ser comparados com pessoas que aventuraram na invasão de terras abandonadas, pois somos famílias que já estamos estabelecidas e residentes há mais de 50 (cinqüenta) anos em nossas propriedades de fato, conforme a prescreve os art. 1.238 a 1.242 do Código Civil, Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 e art. 1º da Lei 6.969 de 10 de dezembro de 1981.
Não deixem que violem os nossos direitos adquiridos!
Temos a grande convicção que nos os ex-ferroviários do Bairro Triângulo não fazemos parte do Objetivo do Programa Igarapé do Madeira: “... melhoria da qualidade de vida, de populações fixadas em assentamentos precários...”, pois temos casas há mais de 50 (cinqüenta) anos em bom estado de conservação, temos água tratada, energia elétrica, telefone, coleta de lixo, rua pavimentada, escolas, posto de saúde, sede de associação do bairro, linha de ônibus, etc.
Levar pessoas idosas e crianças para morar em apartamentos, as quais estão acostumadas a viver em família todos juntos num ambiente amplo e arejado é o mesmo que condená-las a prisão perpétua, sem liberdade e perspectiva de vida, pois passarão os tempos todo confinados entre quatro paredes.
Queremos que respeite a nossa história e tradição, pois somos esposas, filhos, filhas, netos e bisnetos de homens que foram verdadeiros desbravadores da Ferrovia do Diabo;
Queremos mesmo que as famílias dos ex-ferroviários possam continuar desfrutando do seu aconchego do lar junto com seus familiares como vem sendo feito desde a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Que realmente os Órgãos Competentes nos apresentem uma cópia do verdadeiro Projeto que foi aprovado pelo PAC, e deixe na Sede da Associação dos Moradores do Bairro, para que todos tomem conhecimentos e vejam que não se trata de mera especulação imobiliária futura dos terrenos desocupados, ou pior que os mesmos não venham servir de trampolim para fins eleitoreiros de alguns políticos;
Que deixe uma Comissão dos Moradores escolhidos em assembléia, para participarem e fazerem parte de toda tomada de decisão a respeito do Projeto Igarapé Grande;
Somos a favor da Urbanização do Bairro Triângulo, pois essa sempre foi a nossa bandeira, como moradores fundadores e pioneiros, mas sem ser necessário retirar as famílias tradicionais, fundadoras e pioneiras do bairro, ao contrario queremos ser inseridos nesse mega Projeto.
Lembre-se sempre, uma Árvore não vive sem as Raízes. Não arranque as nossas raízes, pois restarão somente cinzas das famílias tradicionais, fundadoras e pioneiras do Bairro Triângulo.
Não podemos ser comparados com pessoas que aventuraram na invasão de terras abandonadas, pois somos família que já estamos estabelecidas e residente há mais de 50 anos (cinqüenta) anos em nossa propriedade de fato, conforme prescreve os art. 1.238 a 1.242 do CC, Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002 e art. 1º da Lei 6.969 de 10 de dezembro de 1981.
NOSSA PREOCUPAÇÃO
Como o Bairro Baixa da União e Cai N’agua, ficam próximos ao Bairro Triângulo (ou seja, na entrada), e que foram bairros criados através da desocupação do antigo Bairro Alto do Bode, e que o motivo para a invasão dessas terras se deram mais com fins eleitoreiros de alguns políticos que conseguiram se eleger na época, graças a esse movimento.
Por esse motivo tornaram-se um bairro se nenhuma estrutura física, com somente um amontoados de casas e casebres, o que motiva a induzir nos mesmos a prostituição, consumo e venda de drogas. Todavia mesmos os nossos Representantes legais, sabendo de tais acontecimentos nunca tomaram nenhuma providencia a respeito.
Por esse motivo o Bairro Triângulo está sendo alvo de difamação por parte de matérias publicadas nos órgãos de comunicação, ou seja, fazem as reportagens no Cai N’agua, e falam que são do Bairro Triângulo, com o único objetivo de denegrir a imagem do primeiro bairro da nossa amada cidade.
Por tudo que foi explanado nos termos acima, nos ajude nessa nossa empreitada, pois estamos prestes a sermos despejados não somente de nossas casas, mas de toda a nossa historia de vida.
Fonte: Aracy Silva
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