Terça-feira, 7 de outubro de 2008 - 18h06
Manhã de 5 de outubro, a mesma aparência calma de qualquer domingo na cidade não é mais que aparência. O sono pesado, típico do dia, faz o citadino morador acordar às dez e se dirigir à respectiva seção eleitoral. Nenhum percalço pelo caminho de quem mora no centro da cidade; um candidato busca arrebanhar eleitores de última hora, um grupo que ensaia um movimento rechaçado pelo medo e rapidamente se dispersa. Uma manhã normal de eleição.
Em Porto-Velho segue o dia, tudo transcorre na mais perfeita paz para alguns, o final das eleições, a pesquisa de boca de urna – afogada pela rapidez da apuração – o resultado e a constatação. - Porto Velho vota consciente.
Reelege-se a vidraça, o candidato insistentemente atacado consegue com uma campanha que procurou mostrar suas virtudes um importante e inquestionável triunfo. Ao eleger Roberto Sobrinho o povo, diferente do dito, não opta pelo continuísmo, opta pela certeza, pela manutenção e continuidade do trabalho começado, vê na figura de Roberto um semeador que agora tem mais quatro anos para garantir o crescimento de frondosas árvores da semeadura da candidatura passada.
Garçom consegue um segundo lugar tão apagado quanto a própria campanha, sai do candidato com maior motor de arranque do governo para o ostracismo que parece o esperar. É raro quem consiga lembrar de uma proposta do eterno candidato de Candeias, escolheu o ataque, não sabia atacar, se debatia insistentemente como um peixe fisgado, sem forças e certo do abate. Seu horário eleitoral deixou clara suas intenções, mas com um poder de fogo mortiço e como o pior nos debates se perdeu na campanha, chegou ao meio desta sem poder voltar e decidiu – “ou vai ou racha”; rachou, e a rachadura parece ter o poder de provocar uma catástrofe ainda mais calamitosa.
A esperança de mudança de mudança parece ser daqui a quatro anos, Davi Chiquilito contra tudo e contra todos parece ter deixado alguns colunistas se roendo. Difícil é achar uma propaganda que este buscasse o enfrentamento, sem empecilho e sem causá-los a ninguém correu por fora do páreo, intitulado como a esperança jovem fez por onde e ousou olhar para o futuro, foi recompensado e parece lembrar o pai não só pelo nome.
Alexandre Brito embasou sua campanha no ataque, inegável é que foi o mais competente em fazer isto, contudo a efetividade desta tática foi questionável e os resultados parcos, uma votação inexpressiva para um franco atirador, em determinado andar da campanha se esperava ansiosamente cada debate na expectativa de um novo fato bombástico, afundou sua candidatura em meio ao lodaçal que tentou imputar ao candidato da situação, não me impressionaria se este aparecesse com uma suposta amante de Sobrinho. Propostas? Novamente legadas a segundo plano, um desempenho tão ruim que pode ter reflexo até mesmo em uma candidatura posterior. O Doutor Alexandre parece ser como um daqueles políticos de antigamente, que ninguém tem saudade de ver.
Adilson Siqueira conseguiu o que todos sabiam que ele conseguiria, candidato anunciador do apocalipse, mensageiro do prelúdio final, típico correligionário de Heloísa Helena. O número de votos, a colocação, o esbaforido ataque tão inconsistente quanto a própria candidatura, nada é de causar estranheza, a única coisa realmente intrigante é o pacto velado nos debates com Alexandre Brito. O Psol, originário das alas - auto-intituladas incorruptíveis de imagem ilibada e sem qualquer sombra de mácula - do PT me faz refletir sobre que estranha união é esta. Fica com isso provado que Maquiavel é ainda autor predileto e de indispensável leitura na política.
Fonte: Paulo Juliano Roso Teixeira
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