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Porto Velho pode não ser a cidade dos sonhos, mas é a minha cidade!


Porto Velho pode não ser a cidade dos sonhos, mas é a minha cidade! - Gente de Opinião

Aprendi, e não é agora, a agradecer, primeiramente, a Deus, pelas bençãos imerecidas, e, depois, às pessoas que me estenderam a mão quando mais precisei. E ainda o faço, com o mesmo entusiasmo de antes, porque entendo que a gratidão é uma virtude inerente a poucos. É uma característica das almas nobres. A Bíblia ensina que devemos ser gratos em todas as coisas, porque essa é a vontade de Deus. A gratidão também é uma maneira de louvar a Deus. É um sinal de uma vida transformada pelo poder do Criador. Infelizmente, existem pessoas ingratas por natureza. Incapazes, portanto, de reconhecer um ato de gentileza, por mais pequeno que seja, simplesmente porque não foram ensinadas a exercitarem a gratidão.

Empurrado pela necessidade, o cidadão é obrigado a trocar sua cidade de origem – provavelmente porque ela não lhe oferecia nenhuma perspectiva profissional ou empresarial, caso contrário ele não a teria deixado – por Porto Velho. Aqui, constitui família e arranjou um bom emprego, que lhe proporciona uma remuneração bem acima do que grande parte dos brasileiros recebe, no entanto, se acha no direito de esculhambar a cidade que o acolheu de braços abertos, como se Porto Velho fosse o pior lugar do mundo. A cidade tem problemas? Evidente que sim. Ignorá-los seria o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira. As grandes cidades brasileiras enfrentam problemas sociais, com relevo para as questões da moradia, desemprego, educação, saúde, violência, infraestrutura, limpeza pública, entre outras situações. Até Paris, considerada a cidade mais bonita do mundo, tem problemas. Porto Velho, portanto, não poderia ser diferente, mas a cidade também tem qualidades. Ocorre, porém, que muita gente só vê os defeitos. Lembrando que muitos dos problemas crônicos contra os quais a população se debate são consequências de administrações desastrosas, cujos dirigentes se preocuparam mais com seus mesquinhos e espúrios interesses do que mesmo com o aspecto urbanístico da cidade e, principalmente, com o bem-estar de seus moradores.

Recentemente, o Estado de Rondônia foi alvo de comentário na coluna do experiente jornalista Alexandre Garcia. Nosso estado aparece em primeiro lugar onde o agronegócio - considerado um inimigo por parte de uma elite política retrograda, acostumada a mitigar a sua sede em teses acadêmicas e conceitos doutrinários arcaicos, que não cabem mais na moldura dos tempos modernos  -  vem ganhando cada vez mais força, com taxa de desemprego menor que muitos países do primeiro mundo, mas isso é irrelevante para aqueles que não somente torcem, como também trabalham pela desgraça do nosso Estado e, principalmente, de Porto Velho, que pode não ser a cidade dos sonhos, mas é a minha cidade.  

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