Quarta-feira, 13 de abril de 2022 - 16h33
Se o ex-presidiário e candidato à
presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva será eleito é uma outra
questão. O fato é que o Partido dos Trabalhadores vem fazendo de tudo para não
o atrapalhar. Prova disso é que o PT teve que engolir sem pestanejar a
indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin – aquele que disse que,
depois de quebrar o Brasil, Lula quer voltar à cena do crime – para vice na
chapa do petista.
Lula tem dito que, para retornar à
presidência da República, o PT precisa fazer uma politica de ampla aliança
eleitoral, não importa a coloração partidária. Na guerra pelo poder, vale
qualquer sacrifício, até mesmo um gesto de honestidade. Daí por que não
surpreende a atitude dos chamados radicais diante dos arroubos demagógicos de
seu líder supremo.
Agora, Lula trabalha para fritar a
candidatura da senadora Simone Tebet à presidência da República. Para isso,
conta o apoio incondicional de velhos e manjados aliados do MDB, como o senador
Renan Calheiros e o ex-senador Eunício Oliveira. E, pelo andar da carruagem,
vai conseguir derrubá-la, dado o péssimo desempenho da representante do Mato Grosso
do Sul nas pesquisas de intenção de votos.
Enfraquecido pelos escândalos que
lhe arranharam profundamente a imagem de partido comprometido com a questão
ética e moral, o PT pouco ou quase nada tem feito para opor-se às ideias
abraçadas por Lula, que segue firme acreditando que os eleitores acreditam que
ele não sabia das falcatruas na Petrobrás. Não sem motivo, a complacência da
direção nacional da legenda vem sendo interpretada pelos adversários como um
ato de desespero. Enquanto isso, mesmo com a imagem em frangalhos, Lula vai
costurando acordos políticos os mais esdrúxulos e imagináveis na tentativa
voltar ao Palácio do Planalto, ou, como disse seu ex-adversário e, hoje,
aliado, Geraldo Alckmin, à cena do crime.
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