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Recrutas do tráfico de drogas em Rondônia - Por Marcelo Freire



A prisão de importantes grupos organizados nas últimas semanas pela Polícia Federal em Rondônia revela a importância de um reforço especial de agentes federais na fronteira do Estado. Ontem, uma semana após a PF desarticular um poderoso esquema de roubo de carros e comércio de drogas na região de Rolim de Moura, Zona da Mata do Estado, a PF deflagrou a Operação Superbia, cumprindo mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Guajará-Mirim e Ouro Preto do Oeste. 

Em Guajará-Mirim, município que faz fronteira com a Bolívia, foram realizadas a execução de 22 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. A desarticulação dessa quadrilha revela que os traficantes não desistem do projeto de manter o controle do tráfico na fronteira, mesmo após o Ministério da Justiça anunciar várias ações de combate ao crime organizado e contratação de mais de 500 policiais federais para combater o tráfico. 

Desta vez, os criminosos estão recrutando mão de obra para trabalhar no tráfico de drogas. Pelo menos isso ficou bem claro na operação deflagrada pela Polícia Federal ontem. Mais de três operações foram deflagradas nos últimos três meses em Rondônia e traficantes retirados de circulação. Ocorre que gestores do tráfico, antes de serem presos, recrutaram centenas de pessoas para sustentar o comércio de droga.

O comércio do tráfico em Rondônia é bem parecido com o poder de articulação dos traficantes que residem no Rio de Janeiro. Quando os chefes da organização criminosa são presos na cidade maravilhosa, quem assume o comando do tráfico nos morros são os recrutados, uma espécie de assessores. São eles que dominam o território estadual e ditam as regras com os fornecedores de droga da Bolívia. A rota do tráfico é bem conhecida pela imprensa local e todos conhecem o “modus operandi” dos traficantes.

A Polícia Civil também se tornou uma grande parceria dos federais e operações federais já acontecem em conjunto com o setor de investigação da Polícia Civil. A tendência, nos próximos dias, é o trabalho da  Polícia Federal se intensificar em outras regiões.

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